Internautas criticam postura de vereadores em audiência para discutir uso da máquina pública no caso Flavio: “Um show de horrores”

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Manaus – AM | Novamente a maioria dos vereadores da Câmara Municipal de Manaus (CMM), está sendo alvo de críticas por parte de internautas nas redes sociais, por não darem a satisfação esperada em relação ao uso indevido da máquina pública no “Caso Flávio”. Para boa parte dos internautas os vereadores simplesmente fugiram do assunto que é grave.

Durante discurso o líder do prefeito na casa, vereador Marcel Alexandre (PHS), afirmou que chorou pela morte do engenheiro Flávio Rodrigues. “Eu sou um pastor. Lido com a dor das famílias todos os dias. Essa noite eu perdi o sono por causa dessa reunião, não foi porque eu sou o líder do prefeito, mas porque eu sou um ser humano. Eu vi pela televisão as lágrimas daquela mãe, e as minhas desceram juntamente.”, discursou o parlamentar com a voz chorosa. Ele disse que espera que a polícia aponte os verdadeiros culpados pelo crime. Já a vereadora professora Jaqueline (PHS), pediu “respeito à casa”, e pediu ainda para um colega da oposição (vereador Chico Preto- sem partido) parar “de fazer palanque político.”, “Ninguém é pilantra aqui não. Isso é brincadeira, desrespeitosa por sinal”, disse a parlamentar.

Após a audiência na manhã desta quarta-feira (9/10), internautas lamentaram a postura dos parlamentares, principalmente da base aliada ao prefeito da capital. “Um show de horrores.”, avaliou um internauta. “Lamentável. Única coisa clara é o cuidado para não se comprometerem.”, escreveu outro internauta. ” “O prefeito é um santo? Nos poupe. O povo que saber!”, disparou uma internauta. Sem dúvidas O vereador Chico Preto afirmou que não há mais dúvidas acerca do uso de veículo oficial no caso envolvendo a morte do engenheiro Flávio Rodrigues. Segundo o parlamentar, o próprio secretário de articulação política da Prefeitura de Manaus, Luiz Alberto Carijó, confirmou o fato durante seu pronunciamento em sessão na Câmara Municipal de Manaus (CMM), nesta quarta-feira (9). Além de Carijó, o procurador-geral do município, Rafael Oliveira, também esteve no parlamento prestando informações sobre o caso.

“Se eu tinha dúvidas, agora tenho convicção. Há o uso de carro oficial confirmado pelo Carijó. O secretário afirmou, também, que um servidor viajou com o Alejandro, horas depois do crime ter acontecido, tirando o Alejandro da cidade, quando ele era alguém que já estava sendo investigado. A pergunta que faço é: você pode usar um servidor da Prefeitura para tirar da cidade alguém que está sendo investigado? Ele é pago com dinheiro público. É digno isso? A estrutura está envolvida”, afirmou.

A elucidação da morte de Flávio Rodrigues é competência da Justiça, mas cabe à CMM obter informações sobre o uso da estrutura da Prefeitura, ainda de acordo com o vereador da oposição. “Servidores da Casa Militar são forjados na base da disciplina e hierarquia. Esses homens não saem da onde você os deixa para ir na esquina sem uma ordem. São militares, funcionam mediante ordem. Alguém ordenou e alguém tinha ciência. Isso é um crime na esfera penal e também na político-administrativa, que pode levar a afastamento de cargo. Esse é o papel da Câmara.

A polícia vai investigar sim e dizer quem foi o assassino, mas a Câmara tem que dizer quem deu a ordem para que a estrutura fosse sido utilizada”, concluiu. Na reunião Carijó afirmou que “não houve ordem do prefeito” ao tentar justificar que o prefeito Arthur Virgílio Neto estava em um hospital em um procedimento na noite em que o crime aconteceu. ” Ele estava sedado.”.

De acordo com a comunicação da CMM, foi instalada uma sindicância por meio de duas comissões, criadas pelo próprio poder executivo, para que os fatos administrativos sejam apurados e levados a público.

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