Investigações sobre Operação Alcateia mudam de curso após surgimento de nova testemunha

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Manaus – O curso das investigações sobre a Operação Alcateia, desencadeada pela Polícia Civil do Amazonas para identificar os responsáveis por 35 mortes ocorridas no mês de julho de 2015, foi alterado pela Justiça após o primeiro dia de julgamento, realizado na última terça-feira (3). Na tarde desta quarta-feira (10) o juiz Mauro Antony, falou sobre os detalhes.

O julgamento, que demorou 4 anos para enfim ser iniciado, deve ser replanejado após o Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) apresentar uma nova testemunha de acusação que, de acordo com o órgão, deve alterar totalmente o curso das investigações sobre a participação dos réus envolvidos.

O juiz Mauro Antony, responsável pelo processo, enfatizou que a testemunha apresentada pelo Ministério Público só resolveu falar após o início dos julgamentos porque, de acordo com ele “tinha medo de morrer”. A testemunha está sendo assistida por um programa da Justiça que tem protegido integralmente suas condições físicas e morais.

Ainda de acordo com o juiz, a participação dessa testemunha no caso foi aceita ao levar em conta os tipos de provas apresentados por ela em relação a responsabilidade dos réus nos 35 homicídios realizados no mês de julho do ano de 2015, como por exemplo, ligações que detalham a ação dos suspeitos identificados como civis e policiais militares.

Defesa –

A defesa dos réus alega que a manobra não podia ter sido efetivada pela Justiça por não respeitar o prazo mínimo de três dias antes do julgamento para que uma prova contra o réu seja apresentada.

Os advogados dos suspeitos afirmaram ainda que o processo caminhava para uma possível absorção dos réus, e que ao perceber isso, a promotoria usou essa nova testemunha como gatilho para ganhar tempo no processo.

Entenda o caso –

Conforme a denúncia formulada pelo Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM), os homicídios foram praticados para vingar a morte do sargento da Polícia Militar, Afonso Camacho Dias, ocorrida na tarde do dia 17 daquele mês, no bairro do Educandos, zona Sul da cidade.

Na ação de figuram como réus Dorval Junio Carneiro de Matos; Bruno Cezanne Pereira; Sílvio José Silva de Oliveira; Klebert Cruz de Oliveira e George Mcdonald Rodrigues de Oliveira. Eles são acusados de uma tentativa do homicídio praticada contra Carla Didia de Sousa Santos e dos homicídios de Fabrício de Oliveira Cavalcante e Anderson Sales Soares.

De acordo com a denúncia do MP, os réus estão sendo acusados de crimes de homicídio (tentados e consumados), prática de grupo de extermínio, entre outros. Na sentença de pronúncia, o juízo verificou que há indícios suficientes de autoria e participação, extraídos do conjunto de provas; das audiências e demais elementos que constam nos autos, por isso, os réus serão julgados por júri popular.

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