Nova Era: Amazonas da início a obras para exploração de Gás Natural no Campo do Azulão

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Manaus – AM | O Amazonas abre um novo ciclo da sua economia diversificada com início oficial das obras para exploração de gás natural no município de Silves, distante 203 km de Manaus. A cerimônia de abertura dos trabalhos aconteceu nesta quarta-feira (16), direto do canteiro de obras, com a presença, dentre outras autoridades, do governador Wilson Lima, do ministro de Minas e Energia, Almirante Bento Albuquerque, e o governador de Roraima, Antônio Denarium.

Com investimentos na ordem de R$ 1,8 bilhão o projeto integrado Campo do Azulão – Usina Jaguatirica II, vai produzir Gás Natural Liquefeito (GNL) no Amazonas para inicialmente abastecer o estado de Roraima, região deficitária no abastecimento de energia elétrica, porque não está interligada ao Sistema Nacional.

O projeto Azulão-Jaguatirica deve gerar 1 mil empregos diretos, nos próximos dois anos de obras, nos dois estados onde estarão os canteiros. A expectativa é que já em 2021 comece a extração de matéria prima terrestre do gás natural do Campo de Azulão em Silves, no Amazonas, para ser estocado, e transportado em caminhões, por mais de 1 mil quilômetros até a usina Jaguatirica II próximo a Boa Vista, onde serão geradas até 117 Mega Watts de potência, que deve abastecer mais de 70%, da necessidade de energia de Roraima. A previsão é que a entrega de energia comece em 28 de junho de 2021, para o sistema isolado de Roraima.

O governador Wilson Lima destacou que já existe a possibilidade de a Eneva, empresa responsável pelo projeto e pelas obras, negociar outros blocos de exploração da matéria prima no Amazonas para ampliar a produção de gás natural. “Essa é uma obra que vai ampliar ainda mais a política de desenvolvimento da economia no interir do Amazonas, beneficiando municípios aqui do entorno. É um marco para nosso estado, com geração de emprego e renda para a região”, detalhou.

Wilson Lima lembrou ainda que o GNL também deve beneficiar o município de Rio Preto da Eva. “Com a construção do Polo Agroindustrial de Rio Preto, já temos algumas empresas interessadas em utilizar esta fonte de energia, quando se instalarem. A obra de azulão vai atrair ainda mais investimentos para o Amazonas”, comentou.

Além dos benefícios econômicos, segundo as autoridades, o projeto Azulão-Jaguatirica é um divisor de águas na implementação da ideologia de nova matriz energética sustentável para o Brasil, a medida que irá produzir energia limpa, que vai reduzir os custos de abastecimento para Roraima em 38%, reduzir a emissão de CO2 (gás carbônico um dos maiores vilões do aquecimento global) na atmosfera em 32%

O ministro de Minas e Energia, Almirante Bento Albuquerque, chamou atenção para o fato de que o projeto do Campo de Azulão é um empreendimento sustentável. “O melhor de tudo é que aqui vamos gerar riqueza sem agredir o meio ambiente. Cada árvore retirada aqui é registrada e no fim de tudo serão repostas respeitando as condições do ambiente. Então trabalhar legalmente é positivo, ao contrário do minério ilegal, que não gera riqueza para quem realmente precisa e ainda degrada o meio ambiente”, afirmou.

A empresa Eneva se diz 100% brasileira, e maior operadora privada de gás natural do Brasil. Dos R$ 1,8 bilhões investidos, R$ 1,1 bilhão foram injetados apenas no Campo do Azulão, no Amazonas e outros R$ 700 milhões apenas na usina Jaguatirica II, em Roraima.

E todo excedente do que for produzido em Azulão, e não for consumido por Roraima, será comercializado para o Amazonas, tanto na capital, quanto no interior.

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