Manaus – AM | Na manhã desta sexta-feira (29), a prefeitura de Manaus realizou o acolhimento de cerca de 200 venezuelanos indígenas e não indígenas, que foram transferidos de um acampamento improvisado em frente à rodoviária da capital, na Zona?, para abrigos de acolhimento temporário.
A ação do objetivo de desafogar o fluxo descontrolado de imigrantes que se alojam de forma sub-humana na cidade, além de reintegrá-los a sociedade.
De acordo com a prefeitura, os 210 imigrantes que foram transferidos para o abrigo, faziam parte de um grupo social que apresentava mais vulnerabilidade. Entre os acolhidos estão principalmente idosos, mulheres e crianças. A maior parte dos venezuelanos retirados do acampamento improvisado eram indígenas.
Os estrangeiros foram divididos em dois grupos: indígenas e não indígenas. A intenção é diminuir o choque cultural entre os imigrantes mantendo respeito pela condição cultural de cada um.
Ao todo, 100 venezuelanos crioulos foram transferidos para o Espaço de Acolhimento do bairro Alfredo Nascimento. E mais 110 venezuelanos indígenas foram acolhidos no Espaço de Acolhimento do bairro Coroado.
De acordo com a secretária da Sejusc, Caroline Braz, as ações de sensibilização integradas com órgãos estaduais, municipais e demais instituições serão realizadas nos abrigos após a transferência de venezuelanos com o intuito de reintegrá-los à sociedade.
“Hoje, o Estado está em parceria com o Município para solucionar as demandas de venezuelanos e para acolhê-los de forma digna. A Sejusc atuou com diversos órgãos desde o início desta gestão e continuará ao longo do ano com o trabalho de sensibilização, trazendo dignidade, cidadania e inclusão social, reconhecendo as diferenças e peculiaridades de cada cultura”, destaca a secretária. “Nesses abrigos, nós teremos ações tanto do município quanto do Governo, para que eles consigam reconstruir suas vidas, exercer suas profissões, sua independência e se integrar em nossa sociedade. É realmente uma força tarefa voltada para a resolução da questão dos refugiados”, completou.
Rodoviária
O acampamento improvisado em frente à rodoviária de Manaus continua abrigando um número considerável de venezuelanos que antes somavam cerca de 300 pessoas mas após a ação apenas 60 estrangeiros permanecem no local. Eles seguem aguardando intervenções governamentais em seu favor, foi oque disse o líder do movimento.
“Muitos de nos que estamos aqui temos profissões e trabalhávamos com dignidade no nosso país. Nós aguardamos posições dos representantes pra que nos possibilitem condições de trabalho e até mesmo um aluguel social para que possamos reconstruir nossas vidas sem precisar ficar amontoado em abrigos lotados”, disse o venezuelano Aníbal Gutierrez.