Adolescente é agredido dentro de escola por ser gay; estudantes protestam contra homofobia

Foto: Thássio Pierre
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Manaus – AM| Um adolescente de apenas 15 anos de idade foi agredido fisicamente pela própria mãe dentro da Escola Estadual Antonio Portela, situada na rua Bartolomeu Bueno da Silva, no bairro Dom Pedro II, zona Oeste da capital. Testemunhas informaram que a agressão aconteceu por conta de a mãe não aceitar a condição sexual do filho.

Em frente à escola, colegas de classe do adolescente chamaram a atenção para o ocorrido. De acordo com os estudantes, o menor agredido relata diariamente o sofrimento físico e psicológico que sofre dentro da própria casa pelo fato de ser gay. A mãe do menino não aceita a condição sexual do filho e acaba perdendo o controle por meio de inúmeras agressões.

“Ele já chegou na escola de sobrancelha raspada e com diversos hematomas pelo corpo”, contou uma das amigas que não quis se identificar. 


Ainda segundo os colegas de classe, cansado de ser agredido em seu lar, o menino decidiu dormir fora de casa na noite da última quarta-feira (11) e não avisou aos pais por conta da falta de comunicação que existe entre a família. A mãe do menor foi até a escola na manhã desta quinta-feira (12) e decidiu mais uma vez agredir o adolescente em uma espécie de “corretivo”.

Os alunos da escola relatam que a agressão aconteceu dentro da sala de aula. A mãe do menino interrompeu a aula e deu uma surra na garoto em frente à todos os outros colegas. As câmeras de segurança da instituição filmaram o momento mas a escola não assumiu qualquer posição sobre o caso.

Revoltados com o caso de homofobia, os amigos de classe do adolescente resolveram fazer uma manifestação pacífica com o objetivo de chamar atenção para o drama vivido pelo menor  mas foram repreendidos pela direção da escola Estadual que acionou a polícia para convidar os estudantes a se retirarem.

Já do lado de fora do colégio, dezenas de estudantes continuaram a manifestação e seguiram sendo ameaçados pela gestão da escola que prometeu transferir a matrícula de quem estivesse envolvido em qualquer tipo de entrevista sobre o assunto à mídia.

Durante as entrevistas o pai do menor de idade chegou até o local e confirmou que, o filho não tem uma boa relação com a mãe e que por conta disso as agressões realmente tem sido recorrentes.

NOTA DA SEDUC

A Secretaria de Estado de Educação (Seduc-AM) informa que não compactua com qualquer comportamento que conote preconceitos ou discriminação relativos à homofobia e repudia veementemente todo e qualquer ato dessa natureza por parte de qualquer membro do corpo escolar, defendendo que todos, quer sejam alunos ou integrantes da comunidade escolar, tenham livre liberdade de se expressarem conforme sua orientação sexual ou identidade de gênero.

A Seduc-AM ressalta ainda que conforme a gestão da escola, não houve quaisquer comportamentos discriminatórios da sua parte em relação ao fato, e está prestando todo o apoio aos pais e ao estudante, bem como apurando os fatos


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