Deficientes visuais denunciam descasos de motoristas de ônibus em Manaus

Imagem: Jimmy Geber
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Manaus-AM | Marcelo Xavier, de 37 anos, e Aline de Castro, de 29 anos, são deficientes visuais e casados há pouco mais de 10 anos. Juntos eles decidiram procurar o Imediato para denunciar a falta de respeito que vem sofrendo dos motoristas de ônibus que não respeitam o benefício do passe livre aos deficientes e não param nos pontos de ônibus.

Marcelo perdeu totalmente a visão aos 15 anos por conta de uma complicação no parto que foi diminuindo a visão do homem ao longo dos anos. Aline herdou a deficiência que foi passada de família e desde pequena aprendeu a conviver com a limitação.

De acordo com o casal, o Sistema Municipal de Transportes Urbanos (SMTU) mudou a dinâmica adotada para o passe livre de deficientes que precisam usar o transporte público. Segundo Marcelo, antigamente a carteirinha disponibilizada pelo órgão registrava a passagem do deficiente e a de um acompanhante diretamente na catraca dos coletivos. Mas há cinco meses a mudança no sistema tem causado dor de cabeça a quem depende do benefício.

“Há alguns meses a SMTU determinou que a partir de então não seria mais necessário apresentar a carteirinha de passe livre dos deficientes diretamente na catraca. A regra é que agora o documento seja apresentado apenas na porta do ônibus diretamente para os motoristas. O problema é que muitos deles não respeitam o nosso direito e além de nos humilhar ainda passam direto, nos deixando esperando horas nos pontos de ônibus”, desabafou o deficiente visual.

Ainda segundo o casal, nem mesmo a presença de acompanhantes intimida os motoristas de ônibus que ao perceberem o passageiro deficiente visual acabam não abrindo as portas do coletivo. Além dos episódios vividos por Marcelo, sua esposa, Aline, também relata situações de abuso vividas ao utilizar os coletivos.

“Quando eles param e conseguimos subir no ônibus, muitos deles ficam acelerando e freando bruscamente para nos prejudicar. Outro dia quase cai com meu bebê no colo e mesmo assim continuei sendo desrespeitada”, contou a mulher que já disse ter sido humilhada por motoristas.

O casal destacou ainda que além de não terem os direitos respeitados são obrigados a pagar a taxa de R$15 para ter acesso ao documento em carteirinha que acaba não sendo respeitado pelos motoristas dos coletivos na cidade. Eles aguardam um posicionamento da SMTU em relação a uma nova dinâmica de usufruto do benefício de passe livre.

A equipe do Imediato entrou em contato com a SMTU solicitando uma nota a respeito dessa situação e até a manhã desta quinta-feira (4) devem mandar uma resposta.

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