MANAUS – AM – Dor e comoção marcaram o sepultamento do motorista de aplicativo Mael Gledson Abreu da Silva, de 27 anos, na tarde deste domingo (22), no Cemitério Parque Tarumã, bairro de mesmo nome, na zona Oeste da capital.
O cortejo fúnebre saiu da rua Oscar de Lima Rayol, bairro Flores, na zona Centro-Sul da capital, onde estava acontecendo o velório, nas proximidades da residência da vítima. Ao chegar em frente ao cemitério amigos e familiares pediram Justiça pela morte do motorista de aplicativo.
“O Mael era unidade zero oito da nossa equipe União Drivers. O camarada não tinha vícios, de cigarro, de droga nem nada. O único vício que ele tinha era trabalhar. Ele gostava de trabalhar para construir a casa, tava finalizando. Ele teve a vida ceifada de forma cruel e brutal por bandidos que não têm alma. Tudo que pedimos nesse momento é Justiça, que esses bandidos sejam presos o mais rápido possível. Ele era casado, também deixa uma filha especial.”, relatou Marlei Jader, 43 anos, líder equipe.
Ainda por conta da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), apenas cinco pessoas da da família puderam participar do enterro. O assassinato aconteceu na noite da última sexta-feira (20), em um posto de combustíveis na Avenida Max Teixeira, bairro Cidade Nova, na zona Norte da cidade.
Segundo informações de testemunhas, o trabalhador foi surpreendido por dois homens e atingido com três tiros. Momentos antes de ser morto o motorista de aplicativo mandou um áudio para grupo de WhatsApp da equipe, relatando que foi ameaçado de morte por um passageiro. Ele tinha atendido a um chamado de um casal que estaria em um hospital.
“Ele saiu do hospital, ele tava doente. Esse cara é um vagabundo, de bigodinho, falou que ia rastrear meu carro e ia mandar me fuzilar, acredita, mano? Ele queria brigar comigo aqui no ponto, e a menina que tava com ele falou: para com isso, para de se alterar com o cara, e ele querendo brigar comigo. E eu falei: tu não vai fugir não. Dois mototaxistas pegaram e levaram os dois, o problema é que ele falou na minha cara que ia rastrear minha placa e ia mandar me matar.”, relatou Mael .
