Exposição Fotográfica revela a biografia da primeira pianista do Amazonas

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Manaus – AM | A partir doa dia 25 de abril, a Fundação Municipal de Cultura, Turismo, e Eventos (Manauscult), fará a abertura oficial da exposição “Se Este Piano Falasse”, um conto sobre Celeste Ramos, idealizado pelo fotógrafo e artista visual Amazonense Tácio Melo, com contemplação no edital – prêmio “Conecões Culturais”. A exposição ficará disponível para visitação no Museu da Imagem e Som (Misam) que pertence ao Palacete Provincial, localizado na Praça Heliodoro Balbi (popularmente conhecida como praça da Polícia) no centro de Manaus.

O projeto tem como base as pesquisas do pelo artista sobre a inédita biografia da primeira pianista do Amazonas com recortes de jornais e fotografias da época, além de um total de vinte e oito fotografias produzidas em parceria com as fotógrafas Selma Maia e Gisele Gomes e participação da atriz, cantora e bailarina Evelyn Félix que representa a pianista Celeste Ramos e curadoria do artista, professor e pesquisador Otoni Mesquita.

No dia da exposição, uma mesa redonda será formada pelo idealizador e produtor artístico e executivo do projeto, Tácio Melo com fotógrafos convidados para compartilhar a experiência sobre a produção fotográfica e processo criativo assim como um bate papo sobre a história da obra da primeira pianista do estado do Amazonas, irmã da violinista Ária Ramos que foi assassinada em 1915 em um baile de carnaval em Manaus e que também já foi tema de exposição do artista em 2016 com sucesso de visitação e repercussão na cidade.

Além do edital “Conexões Culturais” da Manauscult que viabilizou a produção e realização da exposição, o projeto também recebe o apoio do Museu da Imagem e Som do Amazonas (Misam) por meio do Núcleo de Fotografia e Vídeo do Amazonas –NFVA.
A PRODUÇÃO
Para representar a pianista, Tácio Melo convidou a atriz, cantora e bailarina Amazonense, Evelyn Félix.

A réplica de um piano de cauda em madeira construído pelo artesão Márcio Thomaz compõe o cenário de grande parte das fotografias que foram realizadas na praça do Largo de São Sebastião, Praça Dom Pedro II- Centro Histórico, Biblioteca Pública do Estado do Amazonas e Museu Casa Eduardo Ribeiro todos localizados no centro de Manaus.

O figurino rústico de época com fino acabamento criado pelo artista Arnaldo Barreto, traz cores frias e referências e traços que simbolizam o período de carnaval de época em contraste com a crise da borracha dando originalidade à personagem Celeste Ramos interpretada pela atriz e modelo Evelyn Felix que posou durante dois dias de trabalho para as lentes dos fotógrafos do projeto. O trabalho do cabelo e maquiagem, ficou por conta da design de moda e makeup Ana Paula Simões.

No geral, foram quatorze pessoas diretas envolvidas no processo de produção do projeto, incluindo motoristas com carro frete para transportar o piano, ajudantes, auxiliar de iluminação, vídeo maker, auxiliar de maquiagem e suporte para os equipamentos fotográficos.

A PIANISTA
Celeste Ramos era filha de mãe Brasileira e pai Português, nasceu em Portugal, mas morava em Manaus e mesmo antes da inauguração do teatro Amazonas, em 1896, ela já dava seus primeiros passos na música clássica.

A vinda do pai para Manaus, por conseqüência da riqueza do ciclo da borracha deu a jovem grandes privilégios para sua desenvoltura na música e nas artes. Porém com a crise da borracha e conseqüentemente com a morte da irmã, Ária Ramos, assassinada no baile de carnaval de 1915, motivou a pianista a ir embora da cidade no ano de 1917 fazendo com que seu melhor amigo, ‘’o piano’’, fosse leiloado dias antes de sua partida que foi sentida por todos artistas e amigos que ainda permaneceram tentando a vida na capital amazonense.

Celeste Ramos na época, além de tocar piano, tocava harpa e violino e participou de diversos saraus em Manaus, Rio de Janeiro e em outros países.

Participação. Especial da atriz Evelyn Felix
Na exposição “Se este piano falasse” Evelyn representa a pianista Celeste Ramos.. A atriz,cantora e bailarina amazonense,de 20 anos, viralizou na internet em 2018 com um vídeo em formato de timelapse sobre feminicídio, sendo repercutida por atrizes como Luíza Brunet e o cantor Luan Santana e destaque sobre o tema em uma edição da Marie-Claire. Atualmente está no elenco da série Aruanas, da Rede Globo, que estreia em abril, ao lado de atrizes como Leandra Leal e Camila Pitanga.

Sobre o idealizador do projeto, Tácio Melo
Tácio Melo, é um artista e fotógrafo amazonense que iniciou seus trabalhos artísticos como autodidata com pinturas em técnicas óleo sobre tela aos oito anos de idade. Sempre inspirado em história, seus trabalhos desde cedo sempre remeteram ao universo literário.

O primeiro trabalho do artista foi um conto escrito aos seus 9 anos de idade: ‘‘O coral dos Pássaros’’, por meio de um exercício escolar. Ainda na infância, após ter adquirido as técnicas da pintura, Tácio descobriu seu talento na fotografia, e passou a exercer suas habilidades fotográficas com um estilo mais poético. O artista já criou contos que inspiraram nas suas produções fotográficas como: ‘’O Toureiro que virou bailarino’’, ‘’O Jardim do Poeta’’ e ‘’Sinfonia na Floresta’’, que foi em exposição em 2011 na galeria Art & Fato.

À partir de 2011, o artista teve um grande interesse de realizar pesquisas
sobre o passado da cidade de Manaus e, em uma visita aos túmulos do cemitério São João Batista, passou a conhecer e pesquisar a história da violinista Ária Ramos, que deu origem ao conto ‘‘A Última Valsa’’, transformado em roteiro de curta e longa metragem, inspirando a produção fotográfica ‘‘A Última Canção’’, criado em 2014 e, realizado somente em 2016 com exposição no Museu Paço da Liberdade.

Com interesse de atuar em produções fotográficas e de vídeo, formou-se em Publicidade e Propaganda e atuou em veículos de comunicação na área de fotojornalismo e produções publicitárias. Suas experiências como fotógrafo vão de grandes eventos como: copa do mundo, eventos esportivos, musicais e produção de moda. Atualmente, Tácio Melo vem desenvolvendo projetos para o crescimento artístico-cultural da cidade de Manaus, com temas voltados para a história do Amazonas e Manaus.

São vários ‘‘temas’’ e histórias que participam da criação do artista,que antes transformava suas histórias pesquisas em desenhos, e agora optou também trazê-las para a vida real – por meio de projetos voltados à fotografia. Após a exposição“ Se este piano falasse- Um conto sobre Celeste Ramos”, ainda em 2019, entrará em cartaz a sua nova produção fotográfica intitulada ‘’O Touro’’, inspirado em seu conto literário ‘’O Toureiro que virou bailarino’’ e a produção ‘’O Vôo do Pássaro’’, inspirado na história e legado de Santos Dumont.

Sobre a Curador da Exposição, Otoni Mesquita
Otoni Moreira de Mesquita, nascido em 27 de junho de 1953 em Autazes – Amazonas,em 1979 graduou-se em Comunicação Social – Jornalismo pela Universidade do Amazonas (FUA), em 1983 graduou-se em Gravura na Escola de Belas Artes na Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ.

Em 1996 cursou Oficina de Conservação e Restauração em Papel na Universidade Federal de minas Gerais. Em 1992 conclui curso de mestrado em História e Crítica da Arte (1992), apresentando a dissertação A Belle Époque Manauara e sua Arquitetura Eclética- 1850/1915, editado em formato de livro em 1997 com o título Manaus: história e arquitetura-1850/1915. Em 1997 e 1998 atuou como Coordenador do Patrimônio na Secretaria de Cultura do Estado. Em 2005 concluiu doutorado em História Social na Universidade Federal Fluminense com a tese O mito do progresso e a refundação da cidade de Manaus-1890/1900, publicada em 2009 com o título La Belle Vitrine: Manaus entre dois tempos- 1890/1900.

Atua como professor Adjunto no Departamento de Artes da Universidade Federal do Amazonas, desde 1984 e no Programa de pós-graduação em História de 2006 ao primeiro semestre de 2013.Desenha desde a primeira infância e começou a expor a após o curso com Manoel Borges na Pinacoteca do Estado. Entre 1975 e 1980 participou de várias coletivas em Manaus. Em 1983, graduou-se em Gravura pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro. De 1980 a 2016 realizou um pouco mais de vinte exposições individuais, participou de mais de uma centena de exposições coletivas e salões locais e nacionais. Entre seus trabalhos mais destacados:

*1984: 7º Salão Nacional de Artes Plásticas/SNAP (instalação Fragmentos,referência especial do júri); MAM/RJ, Panorama da Arte Brasileira – Arte sobre papel – MAM/SP.
*1985: Prêmio aquisição no IV Arte Pará/Belém e no 8º SNAP /MAM/RJ. *
*1986: Papel – Corpo e Material, da Escola de Artes Visuais Parque Laje/RJ; Soltando os Bichos (individual), na Galeria Afrânio Castro/Manaus; e V Arte Pará (prêmio aquisição) Belém
*1987: Ecologia – Tradição e Atualidade, no Espaço Cultural Petrobrás/RJ; Exibição Especial – Arte de Hoje, Galeria Eliseu Visconti Museu de Belas Artes/R.J; Cartas do Amazonas, Galeria Elf/Belém; Ritual Soltando os Bichos (individual)Galeria Macunaíma/R.J; Paramentos (individual de Aquarelas),Galeria Espaço Cultural/Manaus; 3 do Amazonas, Galeria do ICBEU/Copacabana/RJ.
*1989: Artistas Contemporâneos do Amazonas, Museu de Arte Brasileira/FAAP/SP; O Surrealismo no Brasil, Pinacoteca do Estado de São Paulo; 1º Encontro de Papel Artesanal da América Latina, Pinacoteca do Estado de S.P; Verde Contemporâneo, Solar Grandjean de Montigny –PUC/RJ.
*1990:VIII Salão Paulista Contemporâneo, na Fundação Bienal; e 14º Salão Carioca, Mezanino do Metrô da Carioca/RJ.
*1994: Bichos, Ritos e Personas (retrospectiva de dez anos) no Centro de Artes Chaminé/ Manaus; Catedrais da Solidão (Individual de pinturas) no Centro de Artes da UFAM/Manaus.
*1997, Olho d’água (individual de aquarelas) Centro Cultural Palácio Rio Negro/Manaus.
Em 2000, na frança expôs a série de fotografias Amazone no evento Chaud/Froid, em Paris;
*2001 no evento Brazil/Brésil, na Université Stendhal/Grenoble 3, França.
*2009 da Exposição Arché Olhar (individual) Galeria do ICBEU/Manaus e Galeria César Moraes Leite/Belém.
Nos últimos anos OTONI desenvolveu trabalhos com recursos digitais, performances e instalações.
*2010.:Jogo de sombras (Performance). Vazio – Festival de Performances. Passarela do Amazonas Shopping. *
*2012:Pintando a Caverna e Replicando Imagens (pintura, instalação e performance com a participação de Fabiano Barros e Mazo Rodrigues)) Pré-bienal de artes “Do lápis de Di ao festim das Barrancas. Centro Cultural dos Povos da Amazônia. Arte Contemporânea do Amazonas. Exposição Coletiva. Centro Cultural dos Correios. Brasília. Traço e Sombras (Performance), com Fabiano Barros no III MOVA-se. Festival de Dança _ Solos, Duos e Trios. Teatro da Instalação,Manaus. Em busca do Eldorado – exposição individual, pinturas, gravuras e instalações na Galeria Moacir de Andrade. SESC.
*2013: Artista convidado do Trigésimo segundo Arte Pará expõe Achados do El Dorado , no Museu Emílio Goeldi, em Belém.
*2014: Memória do Tempo Imaginário (individual de calcogravura) Galeria Elf em Belém. Amazônia – ciclos de Modernidade. Oferenda da Floresta (coletiva). Centro Cultural Palácio de Justiça em Manaus. Pororoca (coletiva) Museu de Arte do Rio de Janeiro.
*2019: Curadoria da Exposição “Se este Piano Falasse” do fotógrafo e artista Tácio Melo.

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