Venezuelanos rejeitam abrigos da prefeitura e voltam para as ruas

Imagem: Reprodução da Internet
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Manaus /AM – Vários venezuelanos que foram transferidos para abrigo coordenado pela prefeitura de Manaus, teriam resolvido abandonar o ponto de acolhimento e retornado para uma ocupação, no entorno do Terminal Rodoviário da capital, no bairro Flores, na zona Centro-Sul da cidade. 

Um deles, que não quis se identificar, reclamou de “pouca atenção” e da comida “que não é para venezuelano”. “Después de unos dos días que llegamos al abrigo, por la mañana daban un poquito de café con leche y tres galletitas; en el almuerzo daban una comida con ración; e en la noche daban un puré. No es comida para venezolano. Una atención demasiada mínima.” / “Depois de uns dois dias que chegamos ao abrigo, pela manhã davam um pouquinho de café com leite e três bolachinhas; no almoço davam uma comida com ‘ração’; e a noite davam um purê. Não é comida para venezuelano. Bem pouca atenção”, relatou o imigrante.                                                       

Ainda segundo ele, além da questão da comida e da suposta falta de atenção aos imigrantes, a “saturação” dos abrigos da prefeitura, também motivou o retorno para o acampamento no espaço público, e, também, a ida para outro município.                                                           

Os imigrantes venezuelanos dizem que preferem “procurar trabalho” e morar de forma “independente”.                                              

Perto da Rodoviária, os estrangeiros, que fugiram da crise socioeconômica e política na Venezuela, improvisam as moradias de forma precária. Manter a higienização é uma das dificuldades quanto à parte pessoal e doméstica. Dezenas de crianças também vivem em barracos e estão vulneráveis a doenças.      

Muitos imigrantes dependem de ajuda. Eles necessitam de alimentos, roupas, remédios e até de tratamento médico.                                    

O venezuelano Anibal Gutierrez, de 44 anos de idade, era comerciante na Venezuela. Hoje, vive no Brasil há 10 meses. Nos últimos dias, ele tenta conseguir dinheiro para comprar uma botija de gás. “No tememos condiciones, pues no tenemos platas; es muy difícil, costoso.” / “Não temos condições, pois não temos dinheiro; é muito difícil, caro.”, afirmou o estrangeiro. 

A venezuelana Geovanna Janes, de 44 anos, tem convivido com dores. Ela estaria precisando fazer uma cirurgia para corrigir um problema na região do abdômen.  

Indígenas venezuelanos, inclusive, também teriam deixado o abrigo para eles e estariam indo para Manacapuru (distante 84 quilômetros de Manaus). 

Transferência                                                      

No dia 29 de Março, uma ação integrada entre diversos órgãos acolheu um grupo prioritário de venezuelanos do entorno da rodoviária. Foram realocados mais de 100 venezuelanos indígenas e não indígenas pertencentes ao público mais vulnerável, composto por idosos, mulheres grávidas e crianças indígenas. 

Indígenas venezuelanos da etnia Warao foram levados para um abrigo localizado no bairro Alfredo Nascimento, na zona Norte, com capacidade para até 100 pessoas. E venezuelanos não indígenas foram levados para um abrigo no bairro Coroado, na zona Leste, que tem 110 vagas.

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