Iolar de 63 anos, teve piora em seu tratamento contra à Covid-19, não conseguiu mais esperar por um leito e morreu.
PAÍS| Um homem identificado como Iolar Zampiron, de 63 anos, morreu na espera por um leito de UTI (Unidade de Tratamento Intensivo), na madrugada deste domingo (28), o mesmo estava aguardando a seis dias, uma vaga especializada no Hospital Regional São Paulo (HRSP), em Xanxerê no Oeste catarinense.
A filha da vítima Gabriela Zampiron, em entrevista, lamentou a morte do pai: “Tenho certeza que se tivessem dado um tratamento adequado e se tivesse um leito ele teria se salvado”.
Nesta espera, ao menos mais 34 pessoas morreram, até a noite de terça-feira (2). Quinze, apenas no HRSP. De acordo com o governo catarinense, as vítimas estavam sendo tratadas enquanto esperavam por um leito de UTI.
“Infelizmente, ele precisava de UTI logo que foi internado, pois estava com 75% dos pulmões comprometidos e com pneumonia. Tenho certeza que se tivessem dado um tratamento adequado e se tivesse um leito, ele teria se salvado, teria saído dessa”, conta a filha.
Segundo o relato de Gabriela, o pai era caminhoneiro e foi diagnosticado com a Covid-19 no dia 15 de fevereiro, depois de ter procurado um posto de saúde com os sintomas do vírus. Neste mesmo dia, Iolar recebeu alguns remédios e a orientação para fazer o tratamento em casa em isolamento social.
Mesmo com os remédios e em casa, o caminhoneiro se queixava de dor, passava mais tempo dormindo do que acordado. O mesmo teve uma piora depois de seis dias, e teve que ser hospitalizado.
“Não tinha cama, não tinha leito, então ele ficou sentado [dentro do hospital] e com o oxigênio. Ficou seis dias esperando por um leito de UTI. Nessa semana, vivemos pela fé”, diz a filha.
Durante a madrugada do dia 28, Iolar, apresentou um pico de febre e não conseguiu resistir a espera, O mesmo deixou uma mulher, três filhos e um neto. Um dos filhos mora em Portugal e nao conseguiu vir para se despedir do pai.
“Não quero culpar ninguém, mas infelizmente, por irresponsabilidade de muitas pessoas o meu pai ficou sem um leito. Meu pai não fazia festa, não foi pra praia, não viajou. Se pegou Covid foi trabalhando, não fazendo algo de errado. E pagou por quem faz”, disse Gabriela.
Com informações de: G1
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