“Foi o pior dia que vivenciei nessa pandemia”, diz médico após entubar um grande número de pessoas em plantão

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PAÍS| Em um relato, o médico identificado como Luzo Dantas Neto, que trabalha em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba, afirmou ter vivido o seu pior plantão da pandemia, entre os dias 02 e 03 de março. O mesmo afirmou que precisou entubar um número grande de pacientes.

“Foi muito triste, porque tivemos que ver pessoas que estavam bem, conscientes, falando, mas com uma saturação muito baixa e que precisaram ser entubadas. Muitos destes pacientes fizeram videochamadas com familiares para avisar a situação e dar um até logo, porque, sim, esperamos que seja um até logo”.

A situação se encontra cada vez mais alarmante, em Curitiba e região metropolitana, a fila é de 233 pessoas, 82 delas esperando por uma vaga em UTIs e 151 em enfermarias.

“Foi o pior dia que vivenciei nessa pandemia. Um dia muito atípico. Tive que fazer várias coisas diferentes. Foi uma madrugada intensa e na manhã seguinte continuou da mesma forma”, desabafou o médico.

Dea acordo com o médico, os agentes de saúde tiveram que entubar várias pessoas para preservar a vida desses pacientes. “Foi muito longo o plantão, não parava de chegar paciente grave, saturando mal, com pouco oxigênio, com falta de ar, que precisava de cuidado mais intenso”.

O médico relatou ainda a situação vivenciada pela cidade, algo jamais foi visto antes. “Não temos mais vagas para pacientes nas UTIs e nem nas enfermarias. É muito difícil sair. Um colega meu que trabalha na central de leitos médicos de Curitiba me falou que temos hoje 80 pacientes esperando leito em UTI, sendo que a maior quantidade de pacientes que ele já tinha visto antes da pandemia era de 20. Estamos quatro vezes a mais do que já poderíamos estar” relatou.

Como forma de aviso, Luzo orientou que as pessoas continuem tomando os cuidados necessários, e que a população deve ficar cada vez mais isolada, e ainda fez uma alerta sobre a falta de leitos.

“Fiquem conscientes disso. Não tem vaga aqui na RMC e provavelmente não tenha vaga em muitos lugares do país. Muita gente pode morrer por nem ter acesso a um primeiro atendimento e isso pode prejudicar até mesmo quem não está com Covid-19”.

No dia 04, foram 811 pessoas na fila de espera por leitos de UTI no hospital. Ao todo, 330 pessoas esperam por um leito de UTI e 481 de enfermaria, segundo a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa).

Foto: Divulgação

Com informações de: G1

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