PAÍS| O responsável pelo ataque na escola cívico-militar Eurides Sant’Anna, em Barreiras, na Bahia, é um adolescente de 14 anos, filho de um policial militar. Um dos tiros disparados pelo adolescente matou a jovem cadeirante Geane da Silva Brito.
Em um texto xenofóbico e homofóbico nas redes sociais, momentos antes do ataque, o adolescente chegou a postar um texto indicando que cometeria o crime. Ele também chegou a zombar da escola e admitiu a possibilidade de ser morto em meio ao episódio.
“Irá acontecer daqui 4 horas e eu estou bem de boa. Estou tão calmo, nem parece que irei aparecer em todos os jornais. E pensar que daqui a alguns dias estarei tendo meu rosto, olhos, pulmões e outras partes do corpo sendo devoradas por vermes. Saí da capital do Brasil para o ‘merdeste’, e nunca pensei que aqui fosse tão repugnante. Lésbicas, gays e marginais aos montes acham que são dignos de me conhecer e de conhecer minha santidade. Os farei clamar pela minha misericórdia, sentirão a ira divina. A cada dia que vou à escola, sinto-me subjugado, se misturar com eles é nojento, é estupidamente grotesco, sinto ânsia de vômito quando um deles me tocam (sic). Sou puro em essência, mereço mais que isso, sou sancto”, escreveu.
O trecho faz parte de um manifesto de 29 páginas escrito pelo próprio estudante antes do crime. Nele, o adolescente descreve que não “aceitava estar no mesmo lugar” que seus colegas.
“Eu vivi com meu pai na maior parte da minha vida, pois meus pais eram separados e não tinham nenhum sentimento mútuo. Desde pequeno sentia-me superior aos demais, alimentava nojo e ódio de grupos do meu convívio, simplesmente não aceitava estar no mesmo lugar que eles, sentia que merecia mais, ou eles mereciam menos, o que importava era estar por cima”, escreveu.
Com informações do Dol*