A Polícia Civil está atrás dos assassinos de dois militares do Exército que tiveram os corpos carbonizados dentro de um carro, encontrado na segunda-feira no bairro Pacheco, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Os soldados Victor Hugo Pedrosa Xavier e Daniel Ferreira de Azevedo estavam lotados, respectivamente, no 21º Grupo de Artilharia de Campanha (GAC) e na Fortaleza de Santa Cruz da Barra, ambos em Jurujuba, Niterói.
Segundo a Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI), os dois só puderam ser identificados por um exame de arcada dentária. Eles moravam em São Gonçalo. A delegacia informou que os militares teriam assistido à partida entre Flamengo e Fluminense, domingo, em uma casa de festas no Mutondo. Em seguida, eles foram para a um bar no Raul Veiga, onde teriam conhecido duas meninas. Testemunhas contaram que os rapazes foram levar as jovens em casa, no carro do pai de Daniel, e acabaram sendo interceptados onde elas moram — o bairro não foi revelado pela polícia.
Traficantes
Na segunda-feira, o veículo, completamente queimado, foi encontrado no Pacheco. Um dos corpos estava no porta-malas e o outro no banco traseiro. O delegado Mário Lamblet investiga a hipótese de a dupla ter sido assassinada por traficantes.
“O informe inicial é de que os dois saíram juntos de um estabelecimento no carro, segundo o último contato com uma testemunha. O principal informe é que eles teriam sido vítimas de traficantes. A gente não está descartando nenhuma linha de investigação. Existe a possibilidade de facções estarem agindo na região”, disse o delegado ao portal G1, acrescentando que, caso seja constatada a participação de integrantes do tráfico nas mortes, os chefes locais serão indiciados pelos crimes de homicídio qualificado e destruição de cadáver.
Imagens de câmeras de segurança do bairro onde o carro foi encontrado já foram analisadas. Familiares das vítimas e testemunhas serão chamadas para depor.
*Por site EXTRA