Relatório de Inteligência mostra que facções financiam protestos para se manterem no Monte Horebe

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Manaus-AM | As investigações conduzidas pelo serviço de inteligência das forças policiais do Estado revelaram que pessoas que se intitulam lideranças da invasão Monte Horebe na vedade estão a serviço de facções criminosas, que controlam o lugar.

O relatório de inteligência aponta inclusive o envolvimento de pessoas que se apresentam como pastores religiosos, mas na verdade são os mesmos que comercializam lotes na invasão para os traficantes.

Noventa por cento dos barracos do Monte Horebe, que avançam a cada dia sobre a Reserva Florestal Adolpho Ducke, estão vazios, a serviço de outra prática criminosa: a especulação financeira da terra. Para o tráfico, isso pouco importa. Cada barraco representa R$ 40, taxa mensal que os donos dos barracos são obrigados a pagar às facções criminosas.

Segundo as investigações é esse dinheiro que financia a compra de armas e até mesmo o pagamento de advogados, que defendem a manutenção da invasão, uma das maiores de Manaus.

Um dos líderes das manifestações, que se autointitula pastor, segundo o relatório da inteligência, tem histórico de estelionatário. Em denúncia registrada em 2013, ele é acusado de enganar a proprietária de um terreno durante o processo de revenda do imóvel. Segundo a denunciante, o suposto pastor recebeu o dinheiro, mas não o repassou.

Na sexta-feira (28/02), logo após o Governo do Amazonas anunciar a reintegração da área, que se dará nesta segunda-feira (2/03), os protestos iniciaram. Primeiro no Residencial Viver Melhor, etapas 1 e 2, empreendimento vizinho do Monte Horebe, cujos moradores também vivem a mercê do terror imposto por traficantes. E os protestos seguiram no sábado e neste domingo (1/03), mesmo o Estado tendo sido claro, com anúncio na imprensa, de que as famílias que de fato precisam de moradia terão toda assistência social.

BASE DO TRÁFICO EM MANAUS
Desde 2015, quando o Monte Horebe começou a ser ocupado, as forças policiais do Estado executam operações para combater o tráfico. No decorrer de dezenas de operações ao longo dos últimos anos, as unidades especiais da Polícia Militar já encontraram corpos, cemitério clandestino, inclusive um lugar conhecido como Tribunal do Crime. A esse local, as vítimas dos traficantes são levadas para receberem a sentença de morte.

Na semana que passou, a PM localizou o corpo de mais uma vítima do tráfico: do adolescente Elias Emanuel Alves Aquino, de 15 anos. Em depoimento, o assassino confesso relatou à polícia que matou Elias a mando do tráfico. Antes de ser morto, o adolescente foi espancado e teve as orelhas arrancadas. A sessão de tortura terminou com a decapitação da vítima.

Foto: reprodução acritica.com (acervo AC)

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