Com o hospital de campanha fechado aos 71 dias, Arthur é criticado nas redes sociais

Foto: Reprodução
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Manaus – AM | Nesta segunda-feira (28), o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB) foi criticado sem piedade pelos internautas. Acontece que Arthur defendeu o bloqueio total das atividades na capital do Amazonas para conter o avanço do novo coronavírus (Covid-19). Mas aí, imediatamente, o mesmo começou a ser questionado sobre o Hospital de Campanha de Manaus, fechado com apenas 71 dias de funcionamento.

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O prefeito informou que defende pelo menos duas semanas de isolamento geral, e disse que isso traria resultados para conter o vírus. E ainda convidou o governador Wilson Lima para adotar a medida.

No Twitter o assunto rendeu. “Voltar com Hospital de Campanha Municipal nada também né, chefia?”, um dos internautas comentou.
 

E os comentários seguiram: “Na minha opinião seria uma medida extremamente radical e impensada, solução fácil, vindo da incapacidade e sem respaldo técnico.”, argumentou outro internauta.
 
Para especialistas, Arthur, que agora defende o lockdown e critica medidas do governo estadual sobre a pandemia, entregou com atraso o hospital de campanha para o combate à Covid-19. “Caso a sua inauguração tivesse ocorrido 10 ou 12 dias antes e com maior número de leitos e profissionais especializados/certificados para atuarem nesse tipo de cuidado, sua utilidade poderia ter sido muito maior.”, declarou o pesquisador da Fiocruz Amazônia, Jesem Orellana, à reportagem da Rede Brasil Atual, em 23 de agosto deste ano, que informou ainda que nas três semanas seguintes do fechamento do hospital, o número diário de leitos de UTI ocupados por pacientes confirmados de Covid-19 ou com suspeita, em média, foi próximo a 130, valor ainda muito alto, conforme o pesquisador.
 
O hospital de campanha foi inaugurado em 13 de abril e desativado em 15 de junho. A prefeitura alegou que a desmontagem se dava pela queda de casos da doença e que o hospital voltaria a funcionar como escola. Foi quando também acabou a parceria com o grupo Samel, cujo o presidente, Luiz Alberto Nicolau, acusou Arthur de ter usado a unidade de saúde para fazer “publicidade”.
 
O Grupo Samel informou que, em nenhum momento, concordou com o fechamento do Hospital de Campanha Gilberto Novaes, que salvou “tantas vidas” durante o pico da pandemia de Covid-19 em Manaus.
 
Segundo o Grupo, logo após o anúncio do fechamento do Hospital de Campanha de Manaus pela prefeitura da capital, a Samel, em conjunto com o Instituto Transire, tentou realizar um empréstimo dos equipamentos cedidos por ambas as instituições ao Hospital de Campanha de Roraima, que não possuía estrutura para lidar com a pandemia, sendo impedidas pela prefeitura.
 
Somente alguns equipamentos doados pelo próprio Governo Federal foram levados ao Hospital de Campanha de Roraima, que também foi administrado gratuitamente pelo Grupo Samel, que contribuiu com a doação das cápsulas Vanessa, método desenvolvido pela equipe de fisioterapia dos Hospitais Samel, e aprimorado pelo Instituto Transire, “cuja eficiência tem sido comprovada na prática.”
 
Ainda segundo a empresa, antes do fechamento do Hospital de Campanha Gilberto Novaes, o Grupo Samel realizou a transição da administração da unidade à Prefeitura de Manaus e elaborou um projeto contendo orientações técnicas para que o hospital de campanha fosse mantido após a pandemia, passando a realizar cirurgias eletivas. De acordo com Ricardo Nicolau, diretor do grupo, a unidade teria capacidade para realizar ao menos 1,5 mil procedimentos cirúrgicos planejados por mês.
 
”Era um hospital de alta complexidade que estava pronto, preparado, não só para o coronavírus, como para novos desafios. Logicamente, era uma decisão da prefeitura, mas entregamos um estudo de impacto econômico do que precisava ser feito, de toda a parte de estrutura, enfim, um planejamento completo para que fosse tomada a decisão mais acertada”, ressaltou. 

De acordo com o Grupo, um milhão de reais foram depositados pela Samel na conta bancária da prefeitura de Manaus em 9 de abril deste ano para o início das atividades do hospital de campanha. E durante todo o período de atividades, mas de R$ 3 milhões do Grupo  foram investidos em obras, medicamentos, insumos hospitalares, pessoal e materiais diversos para unidade. 

Conforme dados do portal da transparência, o município gastou o total de R$ 34.616.235,27 para o funcionamento do hospital por 71 dias. 

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