White Martins só avisou sobre falta de oxigênio dias antes do desabastecimento

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AMAZONAS | A White Martins, principal fornecedora de gases medicinais ao Estado do Amazonas, deixou para relatar na última hora a incapacidade de atender à demanda por oxigênio, gerada nas unidades da rede pública de saúde, em decorrência do aumento das hospitalizações de pacientes acometidos pela Covid-19.

Em um comunicado feito à SES-AM, no último dia 7 (primeira quinta-feira e 2021), a empresa informou a limitação e sugeriu a aquisição de volumes adicionais do produto com outro fornecedor indicado.

Após ser surpreendida pelo comunicado, a SES deu início, de forma imediata, à prospecção de novos fornecedores, visando evitar prejuízos à rede assistencial.

O comunicado da White Martins ocorreu em meio ao registro gradativo de hospitalizações e aumento do consumo de oxigênio, o que, em tese, já seria um sinal de alerta, mas que não foi ignorado em um primeiro momento pela empresa, fazendo com que o Estado deixasse de se antecipar ao ocorrido nesta quinta-feira, 14.

Dados apresentados em pronunciamento conjunto, entre autoridades do Estado e membros do Ministério da Saúde, nesta quinta,  apontam que em fevereiro e março do ano passado, o consumo de O2 na rede de saúde ficava, em média, em 13 mil metros cúbicos/dia.

Caminhão da White Martins / Foto: Eudogio Gonçalves.

Em abril, primeiro pico da pandemia da Covid-19 em Manaus, chegou a 30 mil metros cúbicos/dia. Já em julho, houve uma redução na variação, chegando 20 mil metros cúbicos diários.

Mas, com o aumento de 700 leitos promovida pelo Executivo Estadual, em dezembro de 2020, a oferta exigida alcançou os 52 mil metros cúbicos, primeiro sinal de um aumento significativo no consumo em decorrência das hospitalizações.

O número é 73,3% maior que o registrado no primeiro pico da pandemia do novo coronavírus no Estado, ocorrido em abril. Já em 2021, no dia 11 de janeiro, superou-se à marca de 70 mil metros cúbicos/dia consumidos. Ou seja, mais de 160% em relação a abril, e com previsão clara e pública de que o Estado ampliaria ainda mais a oferta de leitos na rede.

Negligenciando os números iniciais, a White Martins, sem plano B, aguardava a entrega de oxigênio vinda de outros estados brasileiros, por via fluvial, na quarta-feira, 13, o que não ocorreu, obrigando o Estado, com o apoio do Governo Federal e outras seis unidades da federação,  a iniciar a transferência de pacientes para outras cidades, para dar continuidade ao tratamento.

Só no primeiro dia do Plano de Cooperação, 90 pessoas com quadros moderados da doença devem ser transportadas pela Gol Linhas Aéreas, enquanto novos carregamentos de oxigênio chegam ao Amazonas, informou o Governo do Amazonas. Serão 235 pacientes transportados só na primeira fase do plano.

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