Manaus – AM | O Governo do Amazonas afirmou hoje que está regularizando os estoques da Central de Medicamentos (Cema), que em janeiro estava operando com apenas 12% da sua capacidade de abastecimento. Segundo o Governo, nos próximos 10 dias, o total de itens em estoque subirá para pelo menos 50%.
“Na medida em que os processos licitatórios vão avançando e os fornecedores concluem suas entregas, os estoques da central começam a voltar à normalidade. Com isso, o cenário de prateleiras vazias já está mudando na Cema” diz a nota.
Segundo o vice-governador e secretário estadual de Saúde, Carlos Almeida “Já é possível vislumbrar um cenário diferente daquele que a gente encontrou em janeiro. Também não podemos dizer que tudo está resolvido porque vamos precisar de um pouco mais de tempo para recuperar o estoque por completo”.
Segundo ele, as compras feitas no primeiro momento foram direto para as unidades que estavam desabastecidas. Já o material que está chegando agora é para garantir estoque.
“Estamos concluindo uma grande compra agora neste mês de março. Quando esse processo for concluído, teremos estoque para abastecer a rede por um período de três meses”, afirma o secretário.
O coordenador da Cema, Antônio Paiva, ressalta que os estoques baixos na central não resultaram necessariamente no desabastecimento das unidades da rede. Isso porque uma das ações que a Secretaria de Estado de Saúde (Susam) tomou nesses primeiros dias de governo foi disponibilizar a elas recursos para a compra direta de medicamentos e Produtos para a Saúde (PPS). “Dessa forma, quando a central não tiver em seu estoque um determinado insumo, o hospital, por exemplo, poderá fazer a compra, porque terá caixa para isso”, explica Antônio.
O primeiro repasse às unidades foi realizado no dia 14 de fevereiro. Segundo o coordenador, os valores variam de R$ 100 mil a R$ 300 mil, dependendo do tamanho e segmento da unidade. Antônio explica que essa medida será adotada até que os estoques da central atinjam um nível maior de resolutividade.
Pagamentos – Outra medida tomada pela Cema nesses primeiros meses de gestão foi regularizar o calendário de pagamento de fornecedores, assunto que é uma das prioridades do governador Wilson Lima na área da Saúde.
“Estamos fazendo os nossos pagamentos, cumprido com o compromisso assumido pelo governo, medida que devolve a credibilidade da Cema junto aos fornecedores”, destaca Antônio.
Orçamento – A Cema trabalha com R$ 95 milhões para investir em abastecimento nesses três primeiros meses do ano. Desse valor, até a primeira quinzena de março, R$ 65 milhões foram empenhados.
Além disso, nesse mesmo período, a Cema efetuou R$ 28 milhões em pagamentos. Desse total, R$ 24 milhões eram referentes a empenhos da gestão anterior (de 2018) e R$ 4 milhões de empenhos de 2019.
Novos padrões – Ainda dentro das ações iniciais do novo governo, uma revisão no padrão de medicamentos e Produtos para a Saúde (PPS) utilizados pelas unidades da rede estadual resultou em uma economia mensal de R$ 3 milhões à Cema.
De acordo com Antônio, logo que a nova gestão assumiu o órgão, foi identificado que as listas de medicamentos e PPS consideradas padrão nas unidades estavam defasadas. Não havia atualização desde 2010.
“Percebemos que muitos produtos e medicamentos estavam na lista padrão, mas, ao final, a unidade não tinha necessidade. Não eram essenciais. Então, iniciamos reuniões por seguimentos (prontos-socorros, hospitais, etc.) para identificar o que realmente era utilizado e necessário”, explica Antônio.