“Há pais de família sendo despejados”, diz servidor da saúde que há 6 meses não recebe

Imagem: Reinaldo Maquiné
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Manaus – AM | Trabalhadores terceirizados da saúde no Amazonas, que atuam em grandes hospitais de Manaus, estariam enfrentando situações de fome e até de despejo, por causa da falta de pagamento dos salários. “Estamos sem receber a quase seis meses. É revoltante.”, afirmou o técnico em enfermagem, Aldenor Albuquerque, de 47 anos de idade. Ele é um dos 800 técnicos de enfermagem que trabalham no Hospital e Pronto-Socorro Platão Araújo, na zona Leste da capital.                        

Os relatos dos trabalhadores são dramáticos. “Tem pai de família passando necessidade, sendo despejado porque o aluguel está atrasado, passando fome até. O colega vem trabalhar quase se arrastando porque é preciso.”, relatou o Aldenor.

Ainda de acordo com ele, há funcionários terceirizados do setor da saúde que resolvem fazer “bicos”, como alternativa para sobreviver. “Tem colegas que às vezes não vêm para o plantão no dia deles, para fazer um bico, para limpar uma casa; tem colegas que praticamente estão deixando a enfermagem de lado para fazer alguma coisa para ganhar o seu dinheirinho, porque não têm condições de ficar esperando o pagamento dos salários; têm contas a pagar e filhos para eles darem de comer.”, explicou o funcionário.  

A técnica em enfermagem, Risonete da Silva, de 49 anos, diz que o filho também está preocupado com a dificuldade financeira em casa. “Hoje o meu filho perguntou como ia ficar nossa situação. Eu fiquei sem responder, porque nem sei. Os nossos filhos também estão sofrendo porque não tem pagamento. A gente cumpre com o nosso dever de todos os dias estar em nossos plantões, mas eles não cumprem com o dever deles, de nos pagar. Nós trabalhamos por amor, mas também precisamos.”, desaba a profissional.

Na manhã da quarta-feira (10), no balanço de cem dias da sua gestão, o governador do Estado, Wilson Lima, afirmou que o pagamento para todas as empresas e cooperativas médicas que prestam serviços para o Estado “está em dia.”            
Já os servidores da saúde, que são terceirizados, alegam falta de pagamento dos salários que chega a quase 6 meses. “A situação é muito triste. A gente trabalha porque a gente precisa. Tem muito acadêmico aqui com as mensalidades atrasadas, sem também poder assumir outros compromissos.”, relata a técnica de enfermagem, Waldigleci Ligata, de 26 anos de idade.

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