Pacientes relatam problemas nas bolsas de colostomia no AM

Imagem: Tássio Pierre
PATROCINADO
Candidatos para cursos técnicos em Silves devem se inscrever a partir desta sexta-feira, dia 5 de abril. São...

Manaus -AM | Uma bolsa de colostomia faz toda diferença na vida de um ostomizado. Quem vive nessas condições, tem essa bolsa como terminação do intestino. Há dois anos, a professora Betsabel Soares, 53, foi diagnosticada com câncer no intestino, o que a levou a fazer várias sessões de quimioterapia e até cirurgia, ela sabe a importância da bolsa de colostomia em sua vida.

“Após a minha cirurgia, comecei a fazer o uso da bolsa de colostomia por conta da minha doença. Por diversas vezes já fui discriminada devido a esta bolsa não fixar direito, cair e ainda me causar sérias alergias, quem não conhece não ajuda”, relatou a professora.

O governo do estado fornece o material para 1,2 mil pacientes Ostomizados, que precisam de uma bolsa coletora presa ao corpo para liberação de fezes e urina. Todos os pacientes são atendidos no Centro Especializado de Reabilitação, localizado na Policlínica Codajás, no bairro da Cachoeirinha. No entanto, desde o início do ano, há problemas na qualidade do produto, que segundo os pacientes está causando prejuízos para quem a utiliza.

Esse problema é enfrentado pelo pedreiro Antônio Marques, 56, ele afirmou que atualmente recebe a bolsa de colostomia, mas o novo produto adquirido pelo governo do Amazonas no início deste ano, não é a adequada para ele, o que o expõe a inconveniências como vazamentos.

“Em nenhum momento fomos ouvidos e nem tivemos acesso ao material para realizar os testes em casa, quando colocamos a bolsa, ela começa a se desprender do corpo com facilidade, e como não tenho condições de ficar vindo a todo o momento ao hospital, tive semanas que colocava todo tipo de adesivo para segurá-la, fazendo a minha vida estar em risco”, disse o pedreiro.

Em decorrência do câncer, a aposentada Maria da Costa Oliveira, 69, precisou retirar partes do intestino e há onze anos é um paciente ostomizada. “Deixei de fazer coisas que me davam alegria e muito prazer, principalmente atividades físicas ou sair. Certa vez a bolsa de colostomia chegou abrir dentro do ônibus, tive que voltar, me sinti constrangida”, disse a aposentada.

Resposta do governo

A Susam informou por meio de sua assessoria, que o impasse envolvendo o fornecimento de bolsa de colostomia para cerca de 1,2 mil ostomizados, atendidos pelo Centro de Reabilitação (CER III), da Policlínica Codajás, é motivado por várias ações na Justiça a favor e contra uma portaria interna da Susam, de 2006, que garantia a exclusividade a um único fornecedor.   

O questionamento na Justiça sobre a exclusividade se deu em razão da aquisição vir sendo feita há 13 anos por inexigibilidade de licitação.

O processo licitatório para contratação de novos fornecedores para o produto em questão foi iniciado ainda na gestão anterior, atendendo a uma decisão Judicial, que proibiu o fornecimento por um único fornecedor e exigiu que a secretaria realizasse licitação.

Ainda conforme a nota, a Susam explicou que atual gestão entende que esta é uma situação extremamente delicada por conta da necessidade de dignidade que deve ser concedida aos pacientes ostomizados.

Em razão disso, criou um grupo técnico que conta com a parceria do Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV) para a construção de uma nota técnica que irá balizar a secretaria na decisão mais acertada para a situação. A experiência de usuários com as novas bolsas também será levada em consideração, uma vez que as mesmas vêm sendo utilizada a menos de um mês.

SEJA UM MEMBRO APOIADOR DO IMEDIATO

PATROCINADO
Ao longo de toda a história do Site Imediato Online, a comunidade sempre esteve presente, sendo a principal...

Últimas atualizações sobre benefícios

O COVID-19 NO AMAZONAS HOJE