Esposa de Wilson Justo chora: ‘Minha vida tem sido aguardar por justiça’

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Manaus – AM | “Ele acabou com a nossa família”, disse Fabíola Rodrigues, viúva do advogado Wilson Justo, morto no Porão do Alemão, em 2017, em entrevista, bastante emocionada nesta segunda-feira (28). Fabíola acompanhou a apresentação do laudo técnico do perito renomado Ricardo Molina, pela parte da manhã, um dia antes do julgamento do delegado Gustavo Sotero.

O crime aconteceu na madrugada de um sábado, no dia 25 de novembro de 2017, em uma festa na casa de show Porão do Alemão, no bairro São Jorge. Naquela ocasião, Gustavo, após levar um soco de Wilson, revidou dando cinco tiros, sendo que três atingiram Wilson e o levou a morte ainda no local. Fabiola, e mais dois homens, Maurício Carvalho Rocha e Iuri José Paiva Dácio de Souza, foram atingidos, mas sobreviveram.

Bastante emocionada, Fabíola esclareceu que vai “contar tudo”, o que aconteceu naquela madrugada, durante o julgamento de Gustavo Sotero, que acontece nesta terça-feira, quase dois anos após o crime. “Eu espero há quase dois anos esse momento, minha vida tem sido esperar por justiça, esss homem acabou com nossa família, acabou com nossos planos, todos os dias as minhas filhas perguntam se não tem celular no céu, com saudades do pai”, disse Fabiola indo as lágrimas.

A apresentação ficou por conta de Ricardo Molina, que já teve participação em casos de repercussão nacional como na morte de Paulo César Farias e da namorada, em 1996. Molina sintetizou o resultado do trabalho de análise das imagens captadas pelas câmeras de vigilância do estabelecimento. “Em resumo, as imagens mostram que ao contrário do que diz a defesa, Sotero estava olhando para Fabíola. Era impossível ele estar olhando para o palco com a direção que seu olhar estava”, detalhou.

O perito também disse que Wilson após dar o soco em Sotero foi caçado dentro da boate. “Analisamos que Wilson deu sim um soco, mas que foi revidado de forma descabida com cinco tiros, e só não foram mais porque a arma travou, quando Sotero preparava o sexto disparado. Wilson foi praticamente caçado a partir do primeiro tiro”, detalhou.

O julgamento

Gustavo Sotero irá a júri popular nesta terça-feira, no plenário principal do Fórum Ministro Henoch Reis, sob o comando do juiz de direito da 1° Vara do Tribunal do Júri, Celso de Souza. A previsão é que o julgamento dure três dias. Ricardo Molina auxilia a acusação apresentando o laudo técnico das imagens do crime, já a defesa, que conta com advogado renomado Cláudio Delladone Júnior, que deve apresentar além da tese de que Sotero agiu em legítima defesa, uma animação em 3D, que simula o ocorrido.

Reportagem: Joandres Xavier

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