Bi Garcia já teve R$ 6,8 milhões bloqueados por improbidade administrativa em Parintins e população sofre com água contaminada

Bi Garcia
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Há cinco anos, a Justiça Federal bloqueou R$ 6,8 milhões do prefeito de Parintins (AM), Frank Luiz da Cunha Garcia, conhecido como Bi Garcia, e do ex-prefeito Carlos Alexandre da Silva, por improbidade administrativa relacionada à execução de obras do sistema de abastecimento de água da cidade. Este sistema, atualmente contaminado, representa uma ameaça à saúde da população local e dos turistas que frequentam o Festival anual dos bumbás Garantido e Caprichoso.

Uma Audiência Pública da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), realizada em Parintins no final do ano passado, revelou um relatório da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-RCP) em colaboração com a Companhia de Saneamento do Amazonas (Cosama), indicando que, dos 26 poços tubulares que abastecem o município, 22 estão contaminados e impróprios para consumo humano.

Os testes revelaram a presença de elementos como amônia, manganês, ferro, nitrato, alumínio e coliformes fecais e totais nos poços tubulares de Parintins. Esses componentes representam sérios riscos à saúde, podendo causar doenças como Alzheimer, diarreia, insuficiência hepática e câncer intestinal.

O serviço de abastecimento e tratamento de água em Parintins é administrado pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Parintins (SAAE).

Bi Garcia e Carlos Alexandre foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) por improbidade administrativa e aplicação indevida de verbas federais destinadas à execução das obras de abastecimento de água. Em 2007, durante o primeiro mandato de Bi Garcia, a prefeitura fez contrato de repasses com o Ministério das Cidades, por meio da Caixa Econômica Federal, para receber mais de R$ 8,8 milhões para essas obras.

Devido a suspeitas de baixa execução do serviço, a Caixa instaurou, em 2014, uma tomada de contas especial para apurar possíveis desvios ou má gestão dos recursos. Segundo o MPF, Bi Garcia recebeu mais de R$ 4,4 milhões entre 2009 e 2011. Na gestão de Carlos Alexandre, de 2013 a 2016, as obras não avançaram, apesar dos recursos disponíveis em caixa.

Estudos de 2005 já apontavam problemas na qualidade da água de Parintins. Em 2019, uma Audiência Pública no município discutiu um estudo realizado pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA) em 2018, que identificou novos problemas. Um relatório do Serviço Geológico do Brasil de 2019 recomendou o fechamento dos poços contaminados, mas a situação piorou nos últimos anos, colocando em risco a saúde dos moradores e visitantes, devido à contaminação, que pode causar desde diarreia até câncer.

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