Queimadas no Brasil: 950 mil hectares foram afetados em fevereiro de 2024

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Em fevereiro de 2024, ocorreu um aumento drástico no número de hectares atingidos pelo fogo, totalizando 950 mil hectares – um crescimento de 410% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Desse total, 79% afetaram áreas de vegetação nativa, especialmente nos biomas Amazônia e Cerrado, totalizando 750 mil hectares.

Os dados foram compilados pelo Monitor do Fogo, uma iniciativa da rede MapBiomas Fogo coordenada pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM). No Brasil como um todo, a área queimada em 2024 já alcança 1,98 milhão de hectares, representando um aumento de 319% em relação aos dois primeiros meses de 2023.

O aumento dos incêndios está relacionado, em parte, ao avanço das chamas em Roraima, onde um milhão de hectares já foram queimados em 2024, respondendo por 54% de toda a área queimada no país. Pará e Amazonas completam a lista, com 475 mil e 136 mil hectares queimados, respectivamente. Juntos, esses três estados amazônicos correspondem a 85% de toda a área queimada neste ano.

Felipe Martenexen, pesquisador do IPAM, atribui o aumento das queimadas em Roraima ao período de seca, que ocorre entre dezembro e abril, agravado pelo fenômeno do El Niño. A vegetação campestre predominante na região do lavrado torna-se especialmente vulnerável ao fogo durante o final da temporada de queimadas, devido às condições climáticas e à natureza da vegetação.

A Amazônia brasileira concentrou 93% da área queimada no país nos dois primeiros meses de 2024, com destaque para os onze municípios roraimenses com maior área queimada. No total, 1,8 milhão de hectares foram queimados – um aumento de 433% em relação ao mesmo período de 2023. Em fevereiro, a área queimada chegou a 898 mil hectares, o maior registro mensal desde que o Monitor do Fogo iniciou o monitoramento em 2019.

No Cerrado, houve um aumento acentuado de 152% no número de hectares queimados no início do ano, totalizando 61 mil hectares. Em fevereiro, foram mais de 29,6 mil hectares afetados, um aumento de 147% em comparação ao mesmo mês de 2023. Embora queimadas controladas sejam realizadas no início do ano, a maioria das áreas queimadas no Cerrado é devido a atividades humanas, como pastagens e agricultura.

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