Opinião: os tiros de Wilker e Dermilson que saíram pela culatra

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Manaus-AM | Existe em curso uma estratégia de poder, capitaneada pelas “cabeças” do velho grupo político que comandou o Amazonas desde o fim da era Vargas, que não pode ser classificada de outra forma senão de nociva. A ideia deles é criar mais instabilidade em um sistema político que sequer teve tempo de se recuperar das prisões de governantes, de mandatos tampões e eleições suplementares, que só interromperam a evolução do Estado.

As investidas, feitas por dois “novos soldados” desse grupo, os deputados Estaduais Wilker Barreto e Dermilson Chagas estão a todo vapor. Só neste mês (dezembro) já foram várias as incursões, até aqui sem sucesso.

Primeiramente, eles tentaram criar um cenário de “caos total” na saúde, usando blogs e as redes sociais para espalhar problemas antigos, como se fossem novos, de um sistema que eles bem conhecem, totalmente esfacelado por contratos milionários recheados de “Maus Caminhos” e que nunca atendeu de maneira satisfatória aos anseios do povo.

Não satisfeitos, apresentaram um pedido de impeachment contra o atual governador, pelo que mesmo? Nem eles próprios sabem, ao certo, mas o importante nessa estratégia é alimentar a instabilidade; fomentar uma “sensação de insustentabilidade” de Wilson, mesmo cientes de que ele conta com a maioria da casa e, por isso, o pedido não prosperaria. Vale aí o marketing que a propositura traz.

Em seguida, os dois divulgaram um vídeo afirmando estarem sendo ameaçados de morte. Grave isso, não? Resta saber se as ameaças têm registro na polícia e se estão sendo investigadas pelo MPE-AM, não?

Grave mesmo é se ficar confirmado que ambos estão usando a prerrogativa do cargo para criar uma ameaça que nunca existiu; se não apresentarem provas que sustentem esse risco de morte e provas de que isso partiu mesmo do Governo.

Até aqui o caso soa como mais uma tentativa de atribuir um crime ao recém-empossado governo. Só mais um ingrediente dessa estratégia para apimentar esse desejado “cenário de caos” que não existe.

Para completar as investidas natalinas, o grupo surfando em uma onda fúnebre, da trágica morte de um bebê cardiopata, tentou emplacar uma mobilização contra o governo. Aqui a estratégia era levar às ruas, um sentimento, que até então, só é forte entre aqueles que foram retirados do controle do orçamento público e já começaram a sentir, no bolso, os efeitos da mudança. Não deu ninguém.

A verdade está naquilo que Wilson disse em coletiva: “mexer com interesses de décadas tem um preço”. Fica claro que a tentativa até aqui é de criar um clima favorável para se retirar o atual governo ou ao menos ameaçar para “negociar”.

Não é para menos, Wilson retirou do poder de um grupo que começou com Gilberto Mestrinho, lá em 1959, e que após o seu primeiro mandato voltou ao comando do Amazonas em 1983. De lá, se alternou no poder com Amazonino Mendes por exatos 20 anos (2003). Esse mesmo grupo criou e colocou Eduardo Braga no comando em 2003 que, por sua vez, se alternou com Omar Aziz por outros 11 anos (2014).

Mas, no meio do caminho veio a lava-jato e uma dezena de operações policiais, prendendo e cassando políticos, entre eles o sucessor desse clã de poder, o professor José Melo, quando ele caminhava para completar outros 20 anos de domínio político (2017) do grupo.

O comando então passou para David Almeida, cria de Eduardo Braga e do próprio Melo que, como presidente da Aleam, governou o Amazonas até o fim de 2017 e entregou o poder novamente para quem? Isso mesmo, Amazonino Mendes, que comandou o Amazonas, novamente, até o fim de 2018.

Conte aos seus filhos, é essa a história política do Amazonas. Desde 1983, portanto, em quase 40 anos de República, essa é a primeira vez que o Amazonas está tendo a oportunidade de viver um governo diferente daquele criado por Gilberto e Amazonino. O povo do Amazonas tem o direito de experimentar algo diferente e Wilson, agora, tem o dever de concluir seus 4 anos de mandato e provar que não estávamos errados quando elegemos alguém diferente.

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