Sapato encontrado na casa de Alejandro tinha sangue de Flávio Rodrigues

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Manaus-AM | Todo o esforço dos principais acusados de envolvimento na morte de Flávio Rodrigues, em convencer a polícia de que o engenheiro foi sequestrado, ainda com vida, da residência de Alejandro Molina Valeiko, localizada em um condomínio de luxo no bairro Tarumã, caiu por terra com o Laudo da Perícia Criminal entregue na semana passada à Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (Dehs).

O documento, ao qual o IMEDIATO teve acesso, revelou a existência de sangue de Flávio no par de sapatos que ele estava usando na noite em que foi morto a facadas. O item foi recolhido pelos peritos, no dia seguinte ao assassinato, em um dos cômodos da casa, quilômetros de distância do local aonde o corpo de Flávio foi encontrado.

Foi identificado sangue no sapato de Flávio Rodrigues, encontrado na casa após o assassinato.

A descoberta, por meio de exame de DNA, põe em xeque também a versão apresentada em depoimento à Polícia Civil por todos os acusados de envolvimento, que declararam que Flávio não foi ferido na casa e teria sido levado com vida do local. Os supostos autores confessos do crime: Elizeu da Paz e Mayc Vinícius Teixeira Parede afirmam que o engenheiro acabou sendo ferido e teria morrido fora da mansão.

De acordo com as informações que o IMEDIATO teve acesso, o sangue de um dos principais suspeito, Alejandro Valeiko, também foi encontrado em seu sapato usado naquele dia 29 de setembro, e que também foi encontrado na casa onde aconteceu um encontro de Alejandro e amigos. O resultado pode ser a prova que faltava para derrubar a versão, até hoje sustentada pelos acusados, de que Flávio não foi esfaqueado ou morto dentro da mansão no condomínio Passaredo e que não houve briga ou confusão na casa.

O sapato de Alejandro Valeiko também tinha sangue dele mesmo

Segundo a perícia os sapatos de Alejandro foram encontrados na área de serviço da casa, um par estava próximo a uma lixeira do local e o outro foi encontrado dentro de uma máquina de lavar, já limpo.

Faltando pouco mais de uma semana para completar dois meses do crime, a informação ‘é de que a Delegada do caso já iniciou a redação do relatório final do inquérito que será levado à Justiça. É aguardado ainda o relatório da reconstituição da morte do engenheiro, que foi realizada na última segunda-feira (18).

A CONFISSÃO DE MAYC

Segundo o depoimento de Mayc, Flávio foi retirado do condomínio com vida e ao chegar em um terreno, o engenheiro teria reagido após Mayc tentar cortar a fita silver tape cinza colocada nele para impedir que ele gritasse. Ambos teriam travado uma luta corporal. Mayc então teria desferido golpes de faca no engenheiro. E conforme Mayc, Flávio correu “mais para dentro do terreno”.

No dia 8 de outubro, o ex-sargento do Exército, confessou, em depoimento à polícia, a autoria do homicídio. Mas a polícia identificou muita divergência em relação aos depoimentos prestados pelos investigados. Foi quando a Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros deu início a segunda fase das investigações, realizando acareações entre suspeitos e realizando novas diligências. Laudos de perícia também foram encomendados para embasar a investigação do caso.

Mayc e o amigo, o sargento da Polícia Militar (PM), Elizeu Da Paz, segurança da prefeitura da capital exonerado do cargo no dia 16 de outubro, foram flagrados por câmeras de segurança do condomínio Passaredo, entrando e deixando o local. Quando entraram, Elizeu dirigia o veículo, e Mayc estava no banco do carona, inclusive usando o celular. Ao deixarem o condomínio Mayc já aparece no banco de trás, parecendo segurar algo. Uma sindicância foi aberta para apurar o uso da estrutura da prefeitura no “Caso Flávio.”

O CASO
O crime brutal ocorreu no dia 29 de setembro e chocou o Amazonas.
Naquela data, o engenheiro Flávio Rodrigues, passou parte do dia na casa de Alejandro, no condomínio Passaredo, zona Oeste da cidade. Na casa também estavam: Elielton Magno de Menezes Gomes Júnior, Vittorio Dell Gato, José Edvandro Martins de Souza Júnior, além do anfitrião. Na tarde do dia seguinte, segunda-feira (30/9), o corpo de Flávio é encontrado em um terreno baldio no bairro Tarumã, também na zona Oeste.

Os presentes na casa alegaram, em primeiro momento, que dois homens encapuzados teriam entrado na residência e sequestrado Flávio, sob a justificativa deste estar devendo o tráfico de drogas. Essa versão, também foi levada a público pelo padrasto de Alejandro, o prefeito, Arthur Neto, em nota emitida em suas redes sociais.

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