Manaus – AM | Na manhã desta quarta-feira (17), o Governo do Amazonas recebeu outros da classe dos professores da rede estadual
para esclarecer as dificuldades financeiras e legais, enfrentadas pelo Estado, que o impedem de conceder ganhos reais aos servidores neste ano.
Na reunião, representantes do Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus (Asprom Sindical), foram recebidos pelo secretário estadual de Fazenda, Alex Del Giglio, na sede do Governo, localizado na zona Oeste de Manaus.
O governo está recebendo os representantes sempre que possível. Uma nova reunião está marcada para segunda-feira (22), com o secretário de Fazenda.
“O pleito é mais que justo, todo servidor quer ganho real no salário, quer progredir, mas na situação fiscal e financeira em que o Estado se encontra, não podemos. Estamos impedidos inclusive legalmente’’, afirmou Alex Del Giglio, sobre o acordo com a Responsabilidade Fiscal (LRF), que o Estado é proibido de gerar qualquer gasto com pessoal quando esse tipo de despesa passa de 46,55% da Receita Corrente Líquida (RCL).
Segundo ele, quando o Governo de Wilson Lima assumiu a administração, o gasto com pessoal da rede estadual já ultrapassava o limite imposto pela LRF, de 46,55%. Hoje, esse gasto representa cerca de 50% da RCL, por causa do aumento no custo da folha de pagamentos principalmente com o cumprimento de reajustes salariais e dívidas herdadas com cooperativas de recursos humanos da área da saúde, que são os principais causadores da situação atual.
“Por isso o Estado tem concedido a data-base, que é a reposição da perda inflacionária, e isso a Lei de Responsabilidade Fiscal permite. No ano passado, os próprios professores não receberam ganho real, acima da inflação, assim como os policiais militares, porque o Estado já enfrentava o impedimento legal; esse é um problema que não é de hoje’’, afirmou Alex Del Giglio.