Manaus (AM) – Um rapaz de 22 anos publicou um relato nas redes sociais, na noite desta quinta-feira (13), em que alega ter sido espancado por um motorista de transporte por aplicativo, em Manaus, após afirmar que era homossexual. Segundo Boletim de Ocorrência registrado pela vítima, o caso ocorreu por volta das 22h30 de quarta-feira (12), no bairro Alvorada, Zona Centro-Oeste da capital.
Já na manhã desta sexta-feira (14/8) o motorista do aplicativo, Paulo Lima, 37 anos, também deu sua versão do caso após comparecer no 10º DIP para prestar esclarecimento. Ele disse que não cometeu homofobia e que apenas se defendeu de um suposto assédio sofrido por parte do jovem gay.
“Ele mandou mensagens com cunho pornográfico pra mim, mesmo assim aceitei a corrida porque precisava bater minha meta. Já dentro do veículo ele esfregou o braço em mim várias vezes até que em determinado momento passou a mão no meu pênis.”, disse o motorista do aplicativo de mobilidade urbana.
O caso ainda deve ser investigado pela Polícia Civil do Estado do Amazonas, mas desde já, o aplicativo onde o jovem gay estava cadastrado, decidiu se pronunciar sobre o ocorrido.
Confira a nota na integra a nota emitida pela empresa:
Nós da 99 lamentamos profundamente esse caso de violência e discriminação. Assim que tomamos conhecimento dessa grave denúncia, banimos o condutor da plataforma. Também mobilizamos uma equipe que está buscando contato com o Clayton para oferecer todo o apoio psicológico e o auxílio em relação ao seguro para cobrir despesas hospitalares.
Para nós, o respeito mútuo é a base de tudo e é obrigatório para utilização do app. Repudiamos veemente comportamentos ofensivos, atitudes agressivas ou qualquer forma de desrespeito ou discriminação na plataforma. Por isso, a conduta do passageiro está sendo avaliada e seu perfil também foi bloqueado preventivamente enquanto a polícia realiza as investigações.
Gostaríamos ainda de informar que estamos disponíveis para colaborar com as apurações das autoridades para que o caso seja solucionado o mais breve possível. Na 99, temos uma política de tolerância zero em relação ao preconceito LGBTI+ e qualquer outra forma de violência, discriminação ou desrespeito.