Manaus – AM | Um homem de 43 anos, sem identidade revelada, foi preso, na manhã desta quinta-feira (21/3), por volta das 11h, em um lava a jato situado na rua São Vicente, bairro São Lázaro, zona sul da capital, suspeito por estuprar os próprios enteados, uma garota de 16 anos e um jovem 20, além de uma criança de 11 anos, prima das outras vítimas.
A Titular da Delegacia Especializada na Proteção de Crianças e Adolescentes (Depca), Joyce Coelho, afirmou que as investigações começaram há mais de 2 anos, e que as próprias vítimas fizeram a denúncia. “As investigações começaram em outubro de 2018, quando a adolescente de 16 anos, após ficar sabendo que a prima também havia sido estuprada pelo infrator, resolver nos procurar. Na ocasião, relatou que também sofria esse tipo de abuso. O autônomo era responsável por fazer a condução das vítimas para a escola e elas começaram a apresentar rejeição em relação ao indivíduo”, explicou Coelho.
O rapaz de 20 anos relatou que os estupros iniciaram quando ele tinha nove anos e que todos os dias era ameaçado de morte, caso contasse alguma coisa à qualquer pessoa. “O enteado relatou os abusos mais graves, após muito tempo calado, por medo, vergonha. Por isso que a gente orienta pais e responsáveis a sempre ouvir seus filhos. Procure saber o motivo pelo qual eles estão rejeitando esse tio, padrinho ou padrasto, porque muitas vezes ali no fundo tem alguma coisa de relevante para aquela rejeição”, alertou a delegada.
Joyce afirmou ainda, que a família das vítimas nunca desconfiou do suspeito. “Trata-se de um pedófilo habitual, que abusa das vítimas no seio da família. Aquela pessoa que, muitas vezes, é isenta de desconfiança. Isso é mais comum do que a gente possa perceber”, declarou.
A criança de 11 anos, alega que não tinha certeza do crime, pois não sabia se realmente era errado, porém se sentia ”estranha” com o comportamento do homem. Ele começou a estuprar a criança no caminho da escola para casa.
O autônomo foi indiciado por estupro de vulnerável. Ao término dos procedimentos cabíveis na Depca, o infrator será levado ao Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM), e ficará à disposição da Justiça.
O homem nega o crime.