Secretária da Secom nega que marido seja sócio de empresa que vendeu respiradores para o governo do AM

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Manaus – AM | A secretária de Comunicação (Secom) do Governo do Amazonas, Daniela Assayag, negou que seu marido seja sócio de empresa que vendeu respiradores ao estado. A declaração foi feita durante a tarde desta quarta-feira (1/7) em uma coletiva de imprensa organizada pela própria secretária com o objetivo de explicar as recentes citações do nome dela e do marido Luiz Avelino Junior no caso da CPI da saúde.

A entrevista coletiva aconteceu na sede do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), que fica localizado na avenida André Araújo, bairro Aleixo, zona Centro Sul de Manaus (AM).

As declarações de envolvimento de Daniela e do marido, partiram do presidente da CPI da Saúde, deputado Delegado Péricles (PSL), que nesta quarta-feira a apontou como envolvida no esquema investigado pela Polícia Federal por meio da operação “Sangria”, deflagrada na última terça-feira (30/6).

O ex-secretário de Saúde Rodrigo Tobias, em depoimento à CPI, denunciou que Daniela teria participado da reunião que negociou a compra de respiradores. Além disso, seu marido, Luiz Avelino Júnior, seria sócio da empresa Sonoar, a que vendeu os respiradores para a loja de vinhos, de quem o governo comprou os equipamentos.  

Em entrevista coletiva, Daniela negou que o marido seja dono ou sócio da empresa, mas confirmou que ele iniciou negociação no início do ano para compra de parte da empresa. Contudo, após o pagamento da primeira prestação, teria desistido do negócio por conta de prejuízos financeiros causados pela epidemia de Corona vírus no Amazonas.

“A compra e venda de 50% da empresa chegou a ser negociada mas não foi concretizada. Não vou admitir que me coloquem no meio de um jogo político para prejudicar o atual governo. Tenho 25 anos de carreira no Amazonas e jamais me envolveria em um esquema criminoso.”, afirmou a secretária da Secom, Daniela Assayag.

A secretária ainda fez questão de destacar que a coletiva de imprensa para esclarecimento da notícia que envolvia seu nome, foi ideia da própria, com a intenção de prestar contas com a população. Quando perguntada a respeito das apurações da CPI da saúde, Daniela disse que a entrevista era exclusivamente para desmentir as afirmações feitas envolvendo ela e o marido, e que, um posicionamento geral do Governo do Estado a respeito da operação policial deve ser feito após o término do trabalho da polícia.

Entenda o caso

A Polícia Federal (PF) esteve na manhã da última terça-feira (30), na sede do governo do Amazonas, no bairro Compensa, zona oeste da capital, e na casa do governador Wilson Lima, no Conjunto Vila Rica, cumprindo mandados de busca e apreensão referentes a operação “Sangria’, que investiga fatos relacionados a possíveis práticas de crimes, como pertencimento a organização criminosa, corrupção, fraude a licitação e desvio de recursos públicos federais.

A ação da Polícia Federal visa a cumprir mandados judiciais expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), sendo 20 mandados de busca e apreensão e oito de prisão temporária, e conta com a cooperação do Ministério Público Federal (MPF), da Controladoria Geral da União (CGU) e da Receita Federal do Brasil (RFB).

O desvio das verbas federais mencionadas teria supostamente ocorrido mediante fraude na contratação de empresa para fornecimento de respiradores. Evidenciou-se o direcionamento da compra para empresa cuja atividade era/é a comercialização de vinhos.

Os ventiladores mecânicos hospitalares entregues ao Estado do Amazonas, pela referida empresa, não possuíam as especificidades técnicas necessárias para a adequada utilização no tratamento médico.

Os indiciados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de fraude à licitação, peculato, pertencimento a organização criminosa e lavagem de dinheiro, e, se condenados, poderão cumprir pena de até 30 anos de reclusão.

O nome da operação é uma alusão às suspeitas de que uma revendedora de vinhos tenha sido utilizada para desviar recursos públicos que deveriam ser destinados ao sistema de
saúde.

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