O Serviço Geológico do Brasil (CPRM) já divulgou a primeira previsão de 2020 para a cheia do rio Negro em Manaus. Segundo a estimativa, neste ano o rio Negro deve atingir sua cota máxima dentro do intervalo entre 27,95m e 28,65 m (média 28,30 metros), o que descarta a possibilidade de cota de emergência na capital do Amazonas, que somente ocorre quando o nível do rio chega aos 29m e invade a rua dos Barés, no centro de Manaus.
“A tendência é que a cota máxima fique entre a mediana e o limite superior da faixa de permanência de 15% a 85%, significa que provavelmente o nível do rio negro não vai sair da normalidade e não haverá evento extremo em Manaus neste ano”, aponta a pesquisadora em Geociências da CPRM, Luna Gripp Alves, responsável pelo Sistema de Alerta Hidrográfico da Amazônia Ocidental. Ela acrescenta que esta é a primeira estimativa. Mais dois eventos de divulgação do alerta vão ocorrer nos dias 30/04 e 29/05, com a atualização das previsões, que podem sofrer alterações caso corram chuvas além do que está sendo projetado hoje.
A previsão leva em conta o nível atual do rio Negro e o prognóstico de chuvas para os próximos meses elaborado pelo Sipam. De acordo com os dados obtidos pelo órgão são esperadas para os meses de abril, maio e junho chuvas dentro da normalidade, sem previsão de ocorrer fenômenos como El Nino e La Nina. A análise requer também o monitoramento do comportamento dos rios ao longo da bacia. Para isso é determinada a faixa de permanência, que representa a normalidade do comportamento do rio, elaborada desprezando na série histórica de 110 anos, 15% das cotas mais elevadas e os 15% das cotas mais baixas. Com este referencial é feito o monitoramento das cotas nas cabeceiras do rio, o que é fundamental para prever a cheia que demora cerca de 45 dias para atingir Manaus. De acordo com a série histórica, 75% das cheias ocorreram em junho ou julho.
Mudança de cenário
Neste ano, nos meses de dezembro e janeiro, foram observadas cotas acima do esperado nas cabeceiras dos rios, o que levou a certa preocupação, mas em seguida, fevereiro e março, o padrão se inverteu. “Somaram-se chuvas acima do esperado e chuvas abaixo do esperado, o que resultou em cotas médias”, apontou. Hoje, o Porto de Manaus registra a cota de 25,22 m. O mesmo padrão na cabeceira do rio Negro, nas estações de São Gabriel da Cachoeira e em Barcelos, onde o rio também está nesta faixa de normalidade. Da mesma forma na cabeceira do Solimões em Tabatinga, assim como em Fonte Boa e Manacapuru.
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Para respeitar a recomendação de isolamento social do Ministério da Saúde, pela primeira vez, o estudo foi apresentado via transmissão pelo Youtube.
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