Comunidade quilombola na Praça 14 recebe mais de meia tonelada de alimentos

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Manaus – AM | A Escola Superior da Defensoria Pública do Amazonas (Esudpam) entregou, nesta sexta-feira (31), mais de 500 kg de alimentos ao Quilombo Urbano do Barranco de São Benedito, no bairro Praça 14, Zona Sul de Manaus. Os itens como arroz, feijão e farinha foram arrecadados nas inscrições do curso Direito, Relações Raciais e Diáspora Africana, ofertado virtualmente pela Escola.

Durante a entrega dos mantimentos, o defensor geral do Amazonas, Ricardo Paiva, o diretor da Esudpam, defensor Rafael Barbosa, e o coordenador acadêmico da Esudpam, Maurílio Casas Maia, conheceram um pouco da história do Barranco, que é o segundo quilombo urbano do Brasil. Atualmente, 138 famílias residem no local, mas a comunidade conta com 180 famílias em Manaus.

A presidente da Associação Crioulas do Quilombo Urbano do Barranco de São Benedito, Keilah Fonseca, contou que os alimentos serão distribuídos para cerca de 40 famílias. Na visita dos defensores públicos ao Quilombo, Keilah e o presidente da Associação do Movimento Orgulho Negro do Estado do Amazonas (Amonam), Cassius Fonseca, apresentaram algumas das demandas da comunidade. Entre elas estão questões do saneamento básico e da especulação imobiliária na região, além da falta de políticas públicas para a população negra. “Não queremos ser só estatística e ficar nos registros. Precisamos de órgãos que se juntem a nós na nossa luta”, resumiu Cassius.

O defensor geral do Amazonas, Ricardo Paiva, afirmou que este foi apenas o primeiro passo da Defensoria Pública para prestação de assistência e orientação jurídica às famílias do Quilombo.

“A Defensoria tem um histórico junto aos movimentos sociais e nós podemos atuar de diversas formas para ajudá-los. O Quilombo tem 130 anos, são sete gerações que fazem um trabalho muito importante, de resistência cultural. Seja com um atendimento individual ou de modo coletivo, a Defensoria existe para servir a população. Keilah e Cassius nos falaram dos quilombos no interior do estado, alguns em municípios onde temos polos de atendimento e também podemos atuar”, destacou Paiva.

Curso continua

Com aulas virtuais às quartas-feiras, está em andamento o curso “Direito, Relações Raciais e Diáspora Africana”. A capacitação é ministrada pela professora Luciana de Souza Ramos, que é pós-doutora em Desigualdades Globais e Justiça Social pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (FLACSO). O curso foi aberto à população e aborda temas como a influência negra na formação do Estado e os direitos raciais no Brasil.

“Na aula desta semana, um dos pontos abordados na formação foi os quilombos e sua importância. Além de discutir conhecimento, também angariamos cestas básicas para quem precisa. Os alimentos que entregamos hoje foram doados pelos nossos 25 alunos no ato da inscrição”, afirmou o diretor da Esudpam, Rafael Barbosa.

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