MANAUS | Trapézio, lira e força capilar, entre outros estilos aéreos vão dar o tom da programação do Festival de Circo Lona Aberta neste sábado (24/04), a partir das 19h. A “Noite Sobrevoos e Quedas” promete movimentar o canal da Cacompanhia Artes Cênicas no Youtube (@cacompanhia), com os números da Cia. Nós no Bambu, de Brasília, Jayne Kira e Jean Winder, de Manaus, Grupo Espaço Dançar e Mai Yamachi, de São Paulo.
Em sua primeira edição, o Lona Aberta vem com cinco noites temáticas, com um grupo convidado de cada eixo. O projeto foi contemplado no edital Prêmio Feliciano Lana, que faz parte das ações emergenciais da Lei nº 14.017/2020, conhecida como Lei Aldir Blanc, operacionalizada no Estado através do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa.
Segundo o coordenador geral do evento on-line, Jean Palladino, a noite é dedicada a números que utilizem aparelhos aéreos por ser uma das modalidades mais emocionantes do circo, que costumam causar grandes sustos na plateia, pelo alto risco que os artistas se propõem. Ele explica que a escolha de dar protagonismo ao estilo neste primeiro ano é porque Manaus tem muitos aerialistas, mesmo com muitas dificuldades para conseguir se aperfeiçoar no aparelho, devido à falta de espaços com estrutura e segurança para os treinos.
“A ideia é dar visibilidade a essa modalidade e estimular que os artistas persistam, busquem incentivos e possam fazer intercâmbio com outros profissionais do Brasil”, afirma Palladino, idealizador do projeto. “A noite conta com duas convidadas, Jayne Kira, cujo trabalho de tecido acrobático é referência em Manaus, e a Cia. Nós no Bambu, de Brasília, com uma pesquisa voltada a acrobacias e corpos que se relacionam com o bambu como aparelho, além de outros importantes artistas que farão parte da mostra de números”.
Programação – Com o espetáculo “Teia”, às 19h, a Cia. Nós no Bambu propõe uma viagem, onde os performers criativos se expressam por meio das teias da vida, construídas no imaginário e que representam os movimentos alternados do pensamento. A montagem é o resultado de dois anos de pesquisa em duas áreas principais: as esculturas de bambu e o aprimoramento artístico e técnico da equipe, com a participação de renomados artistas nacionais e internacionais.
Em cena, durante uma hora nas telas, a companhia traz a poética inovadora em esculturas de bambu, que mesclam linguagens do circo, do teatro e da dança.
Às 20h, é a vez da coreógrafa e bailarina Jayne Kira exibir suas performances no tecido acrobático. Bacharel em Dança, pela Universidade do Estado do Amazonas, a artista iniciou a carreira artística em 2008, como bgirl, e obteve formação em técnicas aéreas circenses no Projeto de Extensão da Universidade Pesquisa e Produtividade Acadêmica “O ensino e a Pesquisa em Dança Aérea/Vertical”.
Fundadora do Grupo KirAR de Dança Aérea e Bgirl da Nativos Crew, Kira pesquisa a performance com e sem aparelhos acrobáticos tradicionais em suas obras “Lume Furtivo”, “CorpAir”, e “A-MOR-TE”.
“Estou feliz de participar desta primeira edição, é muito importante um evento com linguagens circenses para dar visibilidade aos artistas e ao nosso trabalho de construção e composição”, comenta Kira. “O festival teve todo cuidado de oferecer oficinas para formação de novos artistas e, apesar de ser um momento delicado, o Lona Aberta teve o olhar diferenciado de trazer, para a programação virtual, o peso que teria no presencial, com atividades que envolvem profissionais de vários lugares do Brasil e de outros países”.
Em seguida, o público confere os números “Nuvem”, de Jean Winder, de Manaus, “Entrelaçar”, do Grupo Espaço Dançar, de Americana, em São Paulo, e “Manifesta”, de Mai Yamachi, de São Paulo.
A penúltima noite do festival encerra com o palhaço Caco, que recebe convidados no “Caconversa – Talk Show”, um ponto de encontro entre artistas e público para promover um intercâmbio da cena circense.
Atividades paralelas – Pela manhã, neste sábado (24/04), acontece o “Workshop Jogos On-line de Palhaçaria Feminista”, com Circo di SóLadies, Kelly Lima, Tatá Oliveira e Verônica Mello, que recebem 20 participantes, na faixa etária de 16 anos. O encontro vai contar com jogos de palhaçaria e estudos feministas.
Às 19h, também é exibida a videoaula “Mágica para Iniciantes”, com Rafael Hounsell. As ações formativas têm duração de 15 minutos, com conteúdo como tutoriais de malabares, parada de mão, mágica para iniciantes, confecção de aparelhos circenses com material reciclado e maquiagem circense, postados diariamente no IGTV e no canal da Cacompanhia no Youtube.
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