Manaus-AM | Na manhã desta quinta-feira (03/9), familiares de Jacira Souza de Lima, de 32 anos, vítima de feminicídio com mais de 30 facadas pelo corpo, durante a madrugada da última segunda-feira (31/8), realizaram uma manifestação em frente a Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), para pedir justiça pela morte cruel da vítima.
Familiares protestam em frente de delegacia
Os familiares estavam na Especializada porque o autor do confesso do crime identificado como Agostinho Filho Rodrigues, 32 anos, foi preso durante a tarde desta quarta-feira (02/9), após se entregar na DEHS na presença dos advogados, por medo de ser morto.
Ele estava foragido desde o momento em que cometeu o crime contra sua companheira, por motivos de não aceitar o fim do relacionamento.
De acordo com a delegada Marília Campelo, titular do Núcleo de Combate ao Feminicídio, a Polícia ja estava há procura do suspeito após ter o conhecimento do crime, mas precisavam aguardar pelo mandado de prisão que só foi liberado na data de ontem, logo em seguida Agostinho apareceu na Especializada para se entregar.
Em seu depoimento o homem confessou ter assassinado a companheira por ciúmes e por ela ter pedido um tempo no relacionamento entre eles. Ele alegou ainda que Jacira pegou uma faca e empunhou contra o seu pescoço, momentos antes dele a desarmar e começar a esfaquea-la.
Os filhos do casal que dormiam no quarto ouviram os gritos da mãe, se levantaram e presenciaram o momento tenebroso em que o pai deles, assassinava friamente a mãe. O filho mais velho de 15 anos, lutou com o pai para que a vítima pudesse fugir, mas ela ja tinha recebido muitos golpes e acabou morrendo no meio do caminho.
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Agostinho fugiu levando uma muda de roupa em uma sacola plástica, no depoimento ele disse que fugiu a nado até chegar a capital.
A mãe da vítima dona Francisca de Souza Lima, muito abalada conversou com nossa equipe, relatou que a filha tinha um sonho de terminar sua casa, colocar cerâmica, tudo para dar uma moradia melhor para os filhos. Francisca chorando clamava por justiça. “Hoje eu creio que vou sair desse local, com a justiça dos homens e a justiça de Deus”, declarou ela.
