‘O trabalho de união foi essencial’ disse Coronel ao explicar os desafios logísticos para distribuição de vacinas no AM

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Durante entrevista o coronel Fabiano Machado Bó, chefe da Casa Militar, explica que o AM apresenta ‘as maiores distâncias e as maiores dificuldades logísticas e mesmo assim nós somos o primeiro no ranking de vacinação’

AMAZONAS| No Amazonas, os horizontes não são visíveis aos olhos, as distâncias em linha reta e por rio se diferenciam para chegar em um mesmo destino. Gigante em território, o maior estado do Brasil também detém grandes desafios logísticos para levar materiais e recursos humanos para os municípios do interior, sobretudo durante a pandemia de Covid-19.

Por via terrestre, fluvial e aérea, a missão de transportar insumos considerados vitais fica a cargo da Casa Militar do Governo do Amazonas. O órgão tem atuado no apoio logístico para distribuição de vacinas, oxigênio medicinal, medicamentos, equipamentos e até pessoas para os municípios mais remotos do estado, garantindo assim a oferta de serviços aos moradores do interior.


Além disso, a Casa Militar também tem executado, de forma exclusiva, o translado de vítimas fatais do novo coronavírus no Amazonas e apoiado na entrega de cartões do Auxílio Estadual, por meio do transporte de técnicos, às cidades amazonenses afetadas pelas cheias dos rios.

Em entrevista exclusiva à Agência Amazonas, o chefe da Casa Militar, Coronel Fabiano Machado Bó, destaca o trabalho coordenado do Governo do Estado para garantir a imunização em tempo recorde no Amazonas e as ações para levar assistência aos municípios do interior.


Confira a entrevista completa:

Agência Amazonas: Coronel, primeiramente, o senhor pode falar sobre o papel da Casa Militar no Estado e o que mudou depois da pandemia nas atividades do órgão?

Fabiano Bó: A Casa Militar, como todos sabem, é uma secretaria de estado responsável pelo apoio logístico a todos os órgãos do Estado, além, é lógico, de outras atribuições, como a segurança do governador, do vice-governador e seus familiares.

'O trabalho de união foi essencial' disse Coronel ao explicar os desafios logísticos para distribuição de vacinas no AM.
‘O trabalho de união foi essencial’ disse Coronel ao explicar os desafios logísticos para distribuição de vacinas no AM

“Essa pandemia mudou a vida de todos nós. Algumas pessoas passaram a ter o trabalho remoto e outras continuaram na linha de frente. A Casa Militar ficou nessa segunda opção”.

Na nossa rotina, nós continuamos trabalhando, ficamos na linha de frente no combate e sempre dando apoio a todas as secretarias do Governo, Secretaria de Estado de Saúde, a Secretaria de Ação Social, o FPS – Fundo de Promoção Social e, principalmente, na logística para levar as ações de combate à pandemia para o interior do estado.


AA: A Casa Militar tem atuado em diversas frentes de ação no enfrentamento da Covid-19, especialmente na entrega de imunizantes para o interior do estado. O senhor pode explicar como foi montada essa megaoperação de transporte para levar as vacinas para os lugares mais remotos do Amazonas?

FB: Eu lembro que foi exatamente no dia 18 de janeiro, a primeira carga de vacina do Brasil inteiro chegou em Manaus no início da noite do dia 18 e, pasmem os senhores, chegou por volta das 19h e 5h da manhã do dia 19 de janeiro a Casa Militar já estava embarcando as primeiras doses para entregar nos primeiros municípios, naqueles mais longínquos. Então, a nossa operação de chegada em Manaus das vacinas até a gente embarcar na primeira aeronave para começar a distribuir no interior do estado durou em torno de 10 horas.


Foi só o tempo da Fundação de Vigilância em Saúde receber as vacinas, armazená-las corretamente e da gente começar a distribuição, tudo isso foi feito na mesma noite, em tempo recorde, fizemos tudo isso tanto receber, armazenar e iniciar a distribuição para o interior do estado em apenas 10 horas.

AA: Importante também destacar que existem protocolos rigorosos de transporte das vacinas, para que não ocorra a perda da qualidade do imunizante. Esse é um desafio ainda maior, lidar com um insumo que não pode esperar muito tempo para chegar?

FB: Como todos sabem, esses insumos, cujo principal é a vacina, precisam ser transportados dentro de uma faixa de temperatura. Se sair dessa faixa de temperatura e esquentar um pouco mais, ela perde a sua qualidade, ela perde a sua eficiência, então nós estamos trabalhando cumprindo todos os protocolos internacionais para que não haja esse prejuízo, tanto é que nós não temos nenhuma perda no interior do estado.

AA: Desde o início da pandemia, a palavra união foi decisiva em muitos momentos. E nós observamos que a Casa Militar mobilizou todas as secretarias do Estado em prol da vida. Por exemplo, foi organizada uma força-tarefa para transportar cilindros de oxigênio. Como foi esta ação e o que ainda está sendo feito hoje?

FB: O Governo do Estado tem um Comitê de Enfrentamento à Covid-19, cujo secretário executivo é o coronel Máximo, secretário da Defesa Civil, e ali todos os órgãos estão envolvidos. Todos os órgãos estavam irmanados. O trabalho de união foi essencial para que a gente atingisse o sucesso que nós estamos tendo nesta campanha de vacinação.


AA: O senhor já visitou muitos municípios do estado e viu de perto as dificuldades dos lugares mais isolados do Amazonas, seja para entregar os cartões do Auxílio Estadual ou nas ações da Operação Enchente, e ainda assim o Estado chegou até eles. O que mudou nessa gestão para garantir assistência para todos?

FB: Nós estamos mudando a vida das pessoas. Por exemplo, agora mesmo, não só com essa operação de distribuição de vacinas, que fez com que estivéssemos adiantados no ato de vacinar. Agora, nós estamos com cheias nos municípios do rio Purus e do rio Juruá, e nós estamos chegando com o cartão do Auxílio Estadual do Governo do Estado, com as ações da Defesa Civil para combater a cheia.


AA: Sabemos que este é um momento diferente de tudo o que aconteceu nos últimos 100 anos, pelo menos. O que mais ficou marcado para o coronel Bó?

FB: No momento mais crítico, cujo dia D foi no dia 14 de janeiro eu estava ausente e meu subsecretário, secretário executivo, coronel Audiney, que é um grande profissional, estava à frente da nossa secretaria.

“Naquele dia todos nós sofremos bastante, todos nós tivemos um dia como um marco na nossa vida, foi um dia de muito sofrimento e muita dor”.
Quando ele me narrou que ninguém estava dormindo, que as pessoas estavam trabalhando dia e noite, amanhecendo o dia carregando cilindro, aquilo foi marcante. O coronel Audiney, junto com a nossa tropa, com a nossa equipe, foram grandes heróis. Falando não só da Casa Militar, mas também de todas as outras secretarias envolvidas e de voluntários.

AA: Qual mensagem você deixa para a população?

FB: Nós temos duas mensagens: a primeira é não politizar. Infelizmente nós temos pessoas de um caráter até questionável, que ficam politizando uma crise mundial, pessoas que estão dizendo que o problema é do Amazonas, de gestão, quando não é. Uma pandemia o nome já diz, é algo inesperado, uma doença inesperada que fugiu do controle do mundo inteiro. Os países mais ricos, as cidades mais ricas do mundo não estavam preparados.

Ninguém nesse mundo estava preparado para receber a pandemia, nós temos cidades europeias, dos EUA que tiveram o mesmo problema de Manaus, falta de insumos, falta de oxigênio, falta de leito. O primeiro aprendizado é esse: não vamos politizar um problema que está ocorrendo no mundo inteiro.

O segundo aprendizado é o seguinte: nós estamos no maior estado da federação, com as maiores distâncias e as maiores dificuldades logísticas e mesmo assim nós somos o primeiro no ranking de vacinação.

“Nós temos pessoas comprometidas, compromissadas, grandes profissionais, pessoas que estão doando sua vida, doando seu tempo para combater a pandemia”.

Não podemos deixar de registrar nossa operação logística de recebimento, armazenamento e distribuição de todos os insumos, mesmo no auge da crise, e principalmente das vacinas fez com que tivéssemos sucesso. Nós tivemos uma operação brilhante, uma operação de guerra para distribuição dessas vacinas, tendo como resultado final o Amazonas como primeiro no ranking de vacinação no país.

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