Depois de protagonizar os maiores indicadores de produtividade da Justiça brasileira, dentre os tribunais estaduais, de acordo com o relatório Justiça em Números, divulgado na última semana pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) se prepara para alcançar resultados históricos ao lançar, nesta semana, o projeto Manaós, que pretende aprimorar a prestação jurisdicional por meio da tecnologia.
Com o projeto, a partir do dia 16 próximo, duas unidades judiciais de Manaus darão o pontapé inicial ao projeto que potencializará, em menos de um ano, o Sistema de Automação da Justiça (SAJ), que é a solução de tecnologia adotada pelo TJAM, há mais de duas décadas, para fazer a gestão de seus processos judiciais.
Com o projeto, além de investir em tecnologia, o TJAM também priorizará a capacitação de seus quadros. Pelo cronograma, até novembro de 2019, 400 servidores e 150 magistrados – que atuam na 1.a e na 2.a instâncias – participarão de workshops e, depois de potencializar seus conhecimentos sobre o SAJ, serão convidados a replicar os conhecimentos e as boas práticas dentro de suas áreas de trabalho.
O “Projeto Manaós” também abrangerá capacitações presenciais em 140 unidades judiciais do TJAM.
“O Tribunal de Justiça do Amazonas é uma Corte de ponta, por ter um quadro profissional qualificado e porque tem os melhores sistemas de gestão processual do País. No entanto, queremos avançar ainda mais. E esse avanço virá a partir da adoção de novas práticas, de novas rotinas e de novos conceitos a respeito do sistema processual. O “Projeto Manaós”, neste sentido, vai aliar inteligência virtual e capacitação de servidores e magistrados, trazendo como consequências: a otimização de nossas Unidades; maior produtividade; maior agilidade na tramitação processual e, também, maior qualidade de vida no trabalho disponibilizada aos nossos servidores, propiciada pela automação mais completa do sistema SAJ”, apontou o presidente do TJAM, desembargador Yedo Simões de Oliveira.
O diretor da Divisão de Tecnologia da Informação e Comunicação (DVTIC/TJAM), Thiago Facundo, explicou que o “Projeto Manaós” pretende revisar todos os fluxos de trabalho, o que implicará em novas automações; novas rotinas e maior produtividade. “Às vezes, unidades com o mesmo número de servidores; a mesma carga processual e a mesma competência têm desempenhos diferentes. A ideia do Tribunal é equacionar isso, equilibrar essas boas práticas e disseminar para todas as unidades”, informou.
Excelência na prestação jurisdicional
Com as novas automações no sistema de gestão processual, a rotina de trabalho ficará mais organizada. “O aperfeiçoamento de magistrados e servidores por meio da tecnologia vai permitir a padronização das atividades do TJAM. O SAJ passará a executar de forma automática uma série de atividades repetitivas. Com isso, será possível oferecer respostas mais rápidas e de ainda mais qualidade aos cidadãos”, avalia Danilo Campos, executivo de Tecnologias para a Justiça da Softplan, empresa desenvolvedora do SAJ.
Durante a reunião de apresentação do cronograma de ações do “Manaós”, realizada na última segunda-feira (3) na sede do TJAM, os gestores do projeto ressaltaram que o objetivo da iniciativa é consolidar e elevar os indicadores de produtividade do Judiciário Estadual do Amazonas, cujo retrospecto foi recententemente destacado no Relatório Justiça em Números, do CNJ.
Segundo o Relatório, o TJAM é o Tribunal estadual que mais produziu no país, mesmo com o menor número de servidores, sendo a Corte com o maior Índice de Atendimento à Demanda (IAD) do País; alcançou maior índice de produtividade de magistrados entre os tribunais estaduais de pequeno porte (e o 4.º maior entre todos os tribunais estaduais); o maior índice de produtividade de servidores e o que registra a menor taxa de congestionamento em processos de Execução Fiscal no País.
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