Após a intensa repercussão da confusão ocorrida em um bar de Boa Vista envolvendo o deputado estadual Renato Silva, a vítima concedeu uma entrevista à equipe do site Imediato, revelando os desdobramentos físicos e emocionais das agressões perpetradas pelo parlamentar.
A servidora pública Meirieli Tomé relata que está submetida a tratamentos fisioterapêuticos em decorrência das lesões provocadas pelas agressões do deputado. Ela afirma que o trauma a obrigou a buscar auxílio de profissionais de saúde mental, além da necessidade de fazer uso de medicamentos calmantes. “As lesões graves que sofri devido aos socos e empurrões me levaram a procurar acompanhamento psiquiátrico e fisioterapêutico. Nenhuma mulher deveria ser submetida a tais abusos, especialmente quando partem de uma figura pública como um deputado”, desabafa Meirieli.
Atualmente, a servidora encontra-se afastada de suas atividades laborais para se dedicar integralmente aos cuidados médicos.
As imagens captadas por câmeras de segurança de um bar localizado na avenida Ville Roy, na zona norte de Boa Vista, revelam o momento exato em que o deputado estadual Renato Silva (Pros) entrega uma arma a um homem que o acompanhava e, em seguida, agride tanto a mulher quanto seu marido. O incidente, datado em 12 de abril, foi registrado pelas autoridades policiais no 5º Distrito Policial.
No dia dos acontecimentos, o parlamentar alegou que estava na companhia de sua família à mesa e apenas revidou a uma agressão. Contudo, as imagens das câmeras de segurança contestam essa versão, evidenciando que a confusão se desenrolou na frente do estabelecimento, no momento em que a mulher deixava o local.
Este não é o único episódio envolvendo o deputado Renato Silva. Ele é réu em um processo por porte ilegal de arma, após um incidente em uma clínica de Boa Vista, no qual constrangeu a médica veterinária Daniela Buregio, de 24 anos. O processo, movido pelo Ministério Público de Roraima (MPRR), ainda está em andamento.
O caso remonta a julho de 2020, quando o cachorro do deputado, da raça shitzu, enfrentou complicações pós-cirúrgicas na clínica onde Daniela atuava. Segundo a acusação do MPRR, Renato Silva teria constrangido a profissional, sendo flagrado colocando um objeto, possivelmente uma arma, na cintura antes de adentrar o estabelecimento.
