Neste domingo (24), uma ação coordenada entre a Procuradoria-Geral da República (PGR), o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e a Polícia Federal (PF) levou à captura de Domingos Brazão, Chiquinho Brazão e do delegado Rivaldo Barbosa, ligados ao caso de Marielle Franco e Anderson Gomes. Sob a operação denominada Murder, Inc., e sob a autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), foram efetuadas as detenções.
Os irmãos Brazão, que possuem uma extensa carreira política desde a década de 90, e Rivaldo Barbosa, que estava à frente da Polícia Civil do Rio de Janeiro pouco antes dos homicídios de Marielle e Anderson, foram alvo de mandados de prisão preventiva. Acusa-se Rivaldo de colaborar com Domingos Brazão na tentativa de impedir o avanço das investigações.
A operação abrangeu também doze mandados de busca e apreensão, incluindo a sede da Polícia Civil do Rio e o Tribunal de Contas do Estado, onde Domingos atua como conselheiro. Reportagens da TV Globo indicam que entre os visados pela operação está o delegado Giniton Lages, encarregado da Delegacia de Homicídios durante o período dos crimes.
A investigação sobre os motivos dos assassinatos de Marielle e Anderson segue em andamento, apontando para possíveis disputas territoriais na Zona Oeste do Rio como pano de fundo.