O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que participou de um evento em Copacabana neste domingo (21), no Rio de Janeiro, solicitou uma salva de palmas para o bilionário Elon Musk e evitou discutir sobre o Supremo Tribunal Federal (STF) com seus apoiadores.
Bolsonaro instou os participantes da manifestação a aplaudirem o proprietário do X (antigo Twitter) por “ter a coragem de revelar para onde a democracia está indo no Brasil e quanto de liberdade já foi perdida”.
A rede social entrou em conflito com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após desafiar o magistrado em relação aos bloqueios de contas no contexto do inquérito que investiga a suposta existência de milícias digitais.
Musk declarou que não acataria as decisões e liberaria o conteúdo bloqueado. O deputado Gustavo Gayer (PL-GO), que participou do evento pró-Bolsonaro no RJ, incluiu parte de seu discurso em inglês, mencionando que Musk estava “observando” a manifestação.
Ao contrário de Silas Malafaia, o organizador do evento, que afirmou que Moraes “é uma ameaça à democracia”, Bolsonaro optou por não mencionar o magistrado, mas recordou o ataque a faca que sofreu em 2018 e a campanha eleitoral passada.
“O sistema não gostou dos nossos quatro anos e começou a trabalhar contra a liberdade de expressão”, comentou.
O ex-chefe de Estado defendeu a anistia para as pessoas envolvidas no 8 de janeiro e acusou o atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de estar ao lado do Irã e do grupo fundamentalista islâmico Hamas.
Durante sua participação no evento, Bolsonaro também afirmou que não atacou o sistema eleitoral e expressou seu desejo de que seu direito de concorrer nas eleições seja respeitado.
Em um discurso de forte teor religioso, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro convocou os bolsonaristas presentes a rezarem um Pai Nosso e destacou a importância das eleições deste ano.