Alunos de escola criam grupo de WhatsApp e ameaçam professores

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Manaus – AM |  Dois jovens com idades entre 12 e 13 anos usaram WhatsApp e criaram um grupo chamado “Iluminati”, no qual há conversas onde anunciavam agressões contra outros alunos, professores e comunidade em geral. Na manhã desta quarta-feira (28), a equipe da 15°Cicom da Polícia Militar esteve na escola e apreenderam a dupla acusada de ser administradora do grupo. Os jovens confessaram terem feito isso para “assustar os alunos”.

A denúncia aconteceu após um pai de um aluno verificar o celular do filho e encontrar as mensagens, onde um grupo de estudantes que estariam planejando agressões e até a morte de outros colegas de turma, professores e técnicos administrativos da Escola Estadual Samuel Benchimol, no bairro Nova Cidade, zona norte da capital.

Na conversa, em uma das mensagens, um adolescente diz que estava querendo “dominar o mundo” e mostra uma arma de fogo. Além disso, o jovem escreveu que “irá fazer um atentado na escola” e matar primeiro os “homossexuais”.

O caso gerou pânico entre a comunidade do bairro Nova Cidade, e o empresário e líder comunitário, Hélio Luiz, de 42 anos, disse que vários alunos já foram expulsos e transferidos para outras escolas por conta da falta de disciplina. “Já tivemos situações de alunos comercializando e consumindo entorpecentes, brigas, confusões e até mesmo ameaças para quem trabalha na escola. A direção da unidade oferece o necessário que é a segurança, mas a educação tem que vir de casa”, ressaltou.

Ele afirmou que este episódio serve de alerta para que os pais ou responsáveis possam ser mais vigilantes com seus filhos. ” O que eu tenho de mais precioso  são os meus dois filhos que estudam aqui, por isso, peço que fiquem atentos e verifiquem o que seus filhos estão fazendo nas redes sociais, se não fosse pela vigilância de um pai uma tragédia teria acontecido”, afirmou.

Os dois menores de idade acusados de serem os administradores do grupo WhatsApp “Iluminati”, após apreensão da polícia,  confessaram terem feito isso para “assustar os alunos”. Os militares da 15° Cicom contudo, não encontraram nenhuma arma de fogo com os jovens.

A princípio, segundo os policiais militares, os adolescentes apreendidos não sofriam nenhum tipo de preconceito por parte dos colegas. Por conta das mensagens dos estudantes, poucos alunos apareceram na instituição de ensino nesta manhã.

Segundo a gerente administrativa da escola, Kledina Vidinha, apesar de uma parcela dos alunos não ter ido à escola, os professores compareceram e as aulas ocorreram normalmente. “Trabalhamos com 3 mil alunos e temos mais de 22 câmeras espalhadas por toda a escola, além de seguranças que são disponibilizados pela Seduc, mas não temos o controle das redes sociais dos alunos”, concluiu Kledina.

Resposta Seduc

A Secretaria de Estado de Educação (Seduc-AM) informa que tomou conhecimento do caso por meio do pai de um dos adolescentes que estuda na Escola Estadual Samuel Benchimol que procurou o estabelecimento na manhã desta quinta-feira (28). Imediatamente, a direção informou que acionou a Polícia Militar por meio de um programa desenvolvido em parceria com a corporação militar, a qual realizou os procedimentos competentes. A direção da escola informou ainda, que procedeu com transferência dos adolescentes e acompanha o caso junto ao Conselho Tutelar e Delegacia Especializada em Apuração de Atos Infracionais (Deaai).

A Seduc-AM ressalta que um possível desfecho de violência foi evitado e adota providências como a intensificação dos trabalhos realizados pelos profissionais de educação como a conscientização, combate e prevenção à violência dentro das escolas.


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