Manaus-AM | Dor e comoção marcam o velório da pequena Yasmim Vitória Garcia, de 3 anos de idade, que morreu na noite desta segunda-feira (20), após ser atingida por disparo de espingarda usada pelo padrasto, em um sítio, no Ramal do Vegetal, bairro Tarumã, Zona Oeste de Manaus.
Velório
O corpo da menina está sendo velado na igreja Assembleia de Deus, localizada na rua Juriti, Comunidade Campo Sales, bairro Tarumã, na zona Oeste da cidade.
Muito abalado, o pai da criança identificado apenas como João, se desesperou quando chegou ao velório e ficou diante do caixão com o corpo da filha. Ele recebeu o apoio de amigos e familiares que estavam no local.
Vizinhos relataram que mãe da menina e o padrasto tinham um relacionamento conturbado e que o suspeito não gostavam da menina, por ciúmes.
Para o presidente do bairro, Francisco Eli Fernandes de Souza, vizinho do pai da criança, a mãe deve ser investigada também. E que o padrasto da criança, Roberto Siqueira, de 19 anos, deve permanecer na cadeia, pois o tiro não foi acidental, como foi alegado.
A previsão para a saída do cortejo será as 9h30 desta quarta-feira (22), e seguirá para o Cemitério Nossa Senhora Aparecida na Estrada do Turismo, bairro Tarumã, para o sepultamento.
A adolescente de 16 anos que cuidava de Yasmim, relatou que Roberto, minutos antes do fato, havia apontado a arma em direção da criança e da mãe dela, Emily Feitosa da Rocha.
A adolescente contou que foi convidada pela mãe de Yasmim para ir com eles para a chácara na última sexta-feira (17), por volta das 17h, para tomar conta da criança. Durante a estadia no sítio com a família, a adolescente disse que presenciou várias vezes o padrasto ameaçando a criança com um terçado fazendo alienação parental. “Ele não gostava da criança, por ela chorar com saudades do pai durante a noite.”, afirmou.
Minutos antes do crime a criança perguntou para a cuidadora o que Roberto era pra ela, a adolescente então respondeu que o mesmo era seu padrasto, e a criança teria dido: ” ele não gosta de mim não”.
Roberto estava com duas espingardas que seriam da família da mãe da criança, segundo os relatos da adolescente uma arma não tinha munições e a outra tinha apenas um cartucho.
A cuidadora foi até a cozinha lavar as mãos na pia, a criança foi até ela chamar para brincar, a adolescente pediu pra criança ir até sua mãe no quarto que logo ia atrás, foi nesse momento que o disparo foi ouvido por ela.
Foi a adolescente quem buscou socorro para a criança, com vizinhos próximos, a mãe e o padrasto não tiveram reação e ficaram muito nervosos.
A criança foi encaminhada para o Hospital da Criança, situado na Avenida Brasil, e quem acompanhou tudo foi a adolescente que conversou com a reportagem.
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